domingo, 29 de novembro de 2009
Eu sei que já toda a gente viu este vídeo mas...
... acho que é tempo de relembrar. O melhor é a reacção da mãe!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Outfoxed
Documetário sobre o canal de televisão americano Fox News.
Regra número um: atacar convidados que não concordem connosco ou o Bill O'Reilly effect
Regra número dois: usar "o que as pessoas dizem" para veicular a opinião do canal
Regra número um: atacar convidados que não concordem connosco ou o Bill O'Reilly effect
Regra número dois: usar "o que as pessoas dizem" para veicular a opinião do canal
terça-feira, 17 de novembro de 2009
É só para dizer...
... que me encontro actualmente a trocar emails com o José Milhazes. Já posso riscar um ponto na minha lista de coisas a fazer antes de morrer =D
Odeio Cardiff
Odeio os meus professores. Odeio-os porque os adoro. Porque eles não têm dúvidas sobre o nosso futuro. Porque falam connosco com a certeza de que iremos usar aquela informação brevemente. Vamos ter fontes importantes que pedem anonimato e vamos ter dois telemóveis, just in case. Vamos ser correspondentes num país fascinante e perigoso e nunca confiaremos nos taxistas. Vamos sair de casa e percorrer as ruas quando não soubermos o que escrever. Vamos ser cépticos e enfrentar pressões editoriais. Vamos ser o Woodward e o Bernstein. Vamos prever a próxima crise económica e praticar exercícios para evitar traumas depois de cobrir tragédias.
Eles acham que sim e nós, aspirantes sonhadores, nem sempre conseguimos ter os pés na terra. Levantamos o braço, perguntamos, contamos histórias. Suspiramos. Pedimos mais bibliografia, filmes, debate.
Dizem que quanto mais alto se voa, maior é a queda, mas o que fazer quando nos dão um par de asas extra?
Eles acham que sim e nós, aspirantes sonhadores, nem sempre conseguimos ter os pés na terra. Levantamos o braço, perguntamos, contamos histórias. Suspiramos. Pedimos mais bibliografia, filmes, debate.
Dizem que quanto mais alto se voa, maior é a queda, mas o que fazer quando nos dão um par de asas extra?
Dedicatória
Storms never last do they baby
Bad times all pass with the wind
Your hand in mine stills the thunder
And you make the sun wanna shine
You followed me down so many roads, babe
I picked wild flowers and sung you soft sad songs
And every road we took lord knows our search was for the truth
And the clouds brewin' now won't be the last
But storms never last do they baby
Bad times all pass with the wind
Your hand in mine stills the thunder
And you make the sun wanna shine
Bad times all pass with the wind
Your hand in mine stills the thunder
And you make the sun wanna shine
You followed me down so many roads, babe
I picked wild flowers and sung you soft sad songs
And every road we took lord knows our search was for the truth
And the clouds brewin' now won't be the last
But storms never last do they baby
Bad times all pass with the wind
Your hand in mine stills the thunder
And you make the sun wanna shine
J. Colter
domingo, 15 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
Wear Sunscreen
Desde os 16 que adoro esta música. Hoje descobri o vídeo. E continuo a adorar.
P.S. Ignorem as legendas em espanhol.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Tanya Gold e as maravilhosas crónicas no G2
Ler, ler, ler!!! O que eu me ri. Amigos cinéfilos, clique no link, sim?
P.S. Bright Star chega quando a Portugal?
P.S. Bright Star chega quando a Portugal?
The bullshit detectors
Na faculdade tive uma cadeira chamada Retórica. Achei que ia ser uma coisa extremamente interessante, mas não foi. Foi uma seca de todo o tamanho onde só se falava de Platão e de onde não retirei absolutamente nada para a minha vida pessoal ou professional.
Aqui tenho uma cadeira que gira em torno do mesmo tema, mas chama-se Critical Thinking. No início assustei-me porque o que começámos por aprender era básico. "O João tem 1.50 metros. O Tiago tem 2 metros. Logo, o Tiago é mais alto que o João". Falácias e coisas assim. Rapidamente a coisa ganhou complexidade - uff - e o professor já nos assegurou que vamos analisar discursos políticos e a forma como determinadas técnicas de discurso são usadas para manipular os factos. Decorrente desta discussão, a conclusão da aula de hoje foi digna de ser passada para aqui.
We must be:
- Nonsense detectors
- Bullshit detectors
- Political sewage engineers
- Political sewage purification mechanics
- Eternal sceptics (not cynics); that is,
- Moderately against everything
Aqui tenho uma cadeira que gira em torno do mesmo tema, mas chama-se Critical Thinking. No início assustei-me porque o que começámos por aprender era básico. "O João tem 1.50 metros. O Tiago tem 2 metros. Logo, o Tiago é mais alto que o João". Falácias e coisas assim. Rapidamente a coisa ganhou complexidade - uff - e o professor já nos assegurou que vamos analisar discursos políticos e a forma como determinadas técnicas de discurso são usadas para manipular os factos. Decorrente desta discussão, a conclusão da aula de hoje foi digna de ser passada para aqui.
We must be:
- Nonsense detectors
- Bullshit detectors
- Political sewage engineers
- Political sewage purification mechanics
- Eternal sceptics (not cynics); that is,
- Moderately against everything
A cimeira de Copenhaga está aí
"Next month Copenhagen will host the highest profile, best attended, most widely publicised, eagerly awaited and closely scrutinised UN climate talks so far. Could this be the moment the world finally gets to grips with climate change? With President Barack Obama havong pledge to engage the US properly, hopes have been high that Copenhagen will unite the world"
David Adam, in The Guardian
Gordon Brown, aquele abraço
Não sei bem o motivo da ausência de posts sobre a actualidade britânica. Tento ler o jornal todos os dias, e todos os dias há debates, quer nas aulas, quer entre o meu muito interessante grupo de amigos - aqui não entra a modéstia.
No entanto tenho negligenciado o blog. Às vezes faço setinhas no jornal para não me esquecer, mas acabo por não escrever nada. Pois bem, hoje vou fazê-lo.
Começo por dizer que os britânicos são exigentes com a sua classe política. Ainda bem, claro. Mas para mim torna-se complicado pensar como eles e deixar de ver os políticos como pessoas que também são.
Gordon Brown já esteve envolvido em vários "escandalos" - que não são nada, comparado com o que se passa em Portugal. É uma questão de princípio, claro. Mas Brown sofre também do síndrome "Manuela Ferreira Leite": não é amigo das câmaras, não é bonito, é tímido, comedido nas palavras. É cada vez mais impopular num país em guerra, severamente afectado pela crise económica e aterrorizado pela mão sinistra da União Europeia. Apesar de as eleições serem daqui a pouco menos de um ano, já toda a gente diz que os Tories vão ganhar.
No meio disto tudo confesso uma certa simpatia por Brown. E pena tambem, pois a imprensa tablóide - aqui muito forte - não o poupa a nada e a oposição bebe o seu sangue.
Além do escandalo do "desvio de dinheiro", quando aqui cheguei falava-se muito de uma entrevista na BBC que em o jornalista perguntou a Brown se ele tomava antidepressivos. O primeiro-ministro tem alguns problemas de saúde, incluindo sérias dificuldades de visão devido a um acidente que teve quando era novo. As páginas e páginas que foram escritas sobre isso e como de qualquer das formas Brown perdia, quer dissesse que o jornalista não tinha nada a ver com isso - "estará a admitir que sim?" - ou dissesse que não - "está a discutir a sua vida privada na TV pública?".
Esta semana outro episódio, bem mais agonizante, aconteceu. Sempre que um soldado morre, Gordon Brown escreve uma carta, à mão, aos familiares - por vezes até a mais que um. Ao que parece, a mãe de um soldado que morreu no Afeganistão ficou extremamente ofendida porque Brown escreveu mal o nome do rapaz e deu até erros ortográficos. O rapaz chamava-se Janie, e ele escreveu Jamie. A senhora foi contactada - ou ela própria contactou - pelo Sun (o pioooooor jornal britânico) e a história explodiu. A carta foi publicada em todo o lado, até nos jornais de referência e esta senhora entrevistada em todas as televisões. A letra de Brown é horrível, isso é um facto, ao ponto de nem se ter a certeza que alguns dos erros são efectivamente erros. Mas foi ele que a escreveu pessoalmente. O primeiro-ministro ligou a esta senhora e pediu-lhe desculpas. O telefonema foi transcrito pelo Sun. Ontem, publicamente Brown voltou a pedir desculpas pelo erro, e dizendo que compreendia bem o que era perder um filho - a sua filha morreu quando era criança.
O episódio tem sido empolado, arrastado, usado até à exaustão. É doloroso ver Brown pedir desculpas e mais desculpas. Mas o que pode ele fazer? Não pode opor-se a uma mãe de luto por um filho que combatia sob as suas ordens. Não pode dizer "A senhora está perturbada, deixe-me em paz". Por isso isto continua. Entretanto, o Sun vende aos milhões, numa prática jornalística vomitável, explorando a dor de uma mãe para criar polémica. Comentadores, jornalistas e até alguns membros da oposição já vieram a público defender Brown, mas a verdade é que a história continua nos jornais e nas televisões. É uma loose-loose situation: insensível ou fraco?
Uff, não está a ser um ano fácil para Gordon Brown.
No entanto tenho negligenciado o blog. Às vezes faço setinhas no jornal para não me esquecer, mas acabo por não escrever nada. Pois bem, hoje vou fazê-lo.
Começo por dizer que os britânicos são exigentes com a sua classe política. Ainda bem, claro. Mas para mim torna-se complicado pensar como eles e deixar de ver os políticos como pessoas que também são.
Gordon Brown já esteve envolvido em vários "escandalos" - que não são nada, comparado com o que se passa em Portugal. É uma questão de princípio, claro. Mas Brown sofre também do síndrome "Manuela Ferreira Leite": não é amigo das câmaras, não é bonito, é tímido, comedido nas palavras. É cada vez mais impopular num país em guerra, severamente afectado pela crise económica e aterrorizado pela mão sinistra da União Europeia. Apesar de as eleições serem daqui a pouco menos de um ano, já toda a gente diz que os Tories vão ganhar.
No meio disto tudo confesso uma certa simpatia por Brown. E pena tambem, pois a imprensa tablóide - aqui muito forte - não o poupa a nada e a oposição bebe o seu sangue.
Além do escandalo do "desvio de dinheiro", quando aqui cheguei falava-se muito de uma entrevista na BBC que em o jornalista perguntou a Brown se ele tomava antidepressivos. O primeiro-ministro tem alguns problemas de saúde, incluindo sérias dificuldades de visão devido a um acidente que teve quando era novo. As páginas e páginas que foram escritas sobre isso e como de qualquer das formas Brown perdia, quer dissesse que o jornalista não tinha nada a ver com isso - "estará a admitir que sim?" - ou dissesse que não - "está a discutir a sua vida privada na TV pública?".
Esta semana outro episódio, bem mais agonizante, aconteceu. Sempre que um soldado morre, Gordon Brown escreve uma carta, à mão, aos familiares - por vezes até a mais que um. Ao que parece, a mãe de um soldado que morreu no Afeganistão ficou extremamente ofendida porque Brown escreveu mal o nome do rapaz e deu até erros ortográficos. O rapaz chamava-se Janie, e ele escreveu Jamie. A senhora foi contactada - ou ela própria contactou - pelo Sun (o pioooooor jornal britânico) e a história explodiu. A carta foi publicada em todo o lado, até nos jornais de referência e esta senhora entrevistada em todas as televisões. A letra de Brown é horrível, isso é um facto, ao ponto de nem se ter a certeza que alguns dos erros são efectivamente erros. Mas foi ele que a escreveu pessoalmente. O primeiro-ministro ligou a esta senhora e pediu-lhe desculpas. O telefonema foi transcrito pelo Sun. Ontem, publicamente Brown voltou a pedir desculpas pelo erro, e dizendo que compreendia bem o que era perder um filho - a sua filha morreu quando era criança.
O episódio tem sido empolado, arrastado, usado até à exaustão. É doloroso ver Brown pedir desculpas e mais desculpas. Mas o que pode ele fazer? Não pode opor-se a uma mãe de luto por um filho que combatia sob as suas ordens. Não pode dizer "A senhora está perturbada, deixe-me em paz". Por isso isto continua. Entretanto, o Sun vende aos milhões, numa prática jornalística vomitável, explorando a dor de uma mãe para criar polémica. Comentadores, jornalistas e até alguns membros da oposição já vieram a público defender Brown, mas a verdade é que a história continua nos jornais e nas televisões. É uma loose-loose situation: insensível ou fraco?
Uff, não está a ser um ano fácil para Gordon Brown.
Worried is my midle name
Sentada numa aula hoje de manhã, deixei-me olhar para mim como se eu não fosse eu. Olhei para mim ali, a discutir os certos e errados do jornalismo, numa universidade britânica. Constatei que todos os professores sabem o meu nome e perguntam pela minha opinião porque sabem que tenho sempre uma pronta a dar. Vi que me estava a sair bem. E ainda assim, disse a mim própria "não te preocupes".
Disse-o porque preciso de ouvir essas palavras que não são mais que uma panaceia para a minha doença. Essa preocupação constante.
Voltei atrás no tempo. Lembrei como todos os meus amigos foram para Ciências e eu fui para Humanidades. Como isso não me fez sentir especial ou inteligente, mas uma espécie de falhanço por não ter o apelo da ciência. Eu gostava de História e de ler, ler, ler. Hoje tenho orgulho nisso, mas na altura eu era apenas estranha. A faculdade foi uma época amiga, confortável. Mas eu só pensava em como nunca iria conseguir o estágio que queria e como isso ia determinar o meu futuro. O estágio consegui-o. Mas o desemprego aterrorizava-me. Nunca serei uma jornalista, vou acabar num departamento de comunicação qualquer a odiar a minha vida. O emprego consegui-o. Achei que, de todos os meus colegas, tinha ficado com o pior lugar. Mas aprendi a viver com ele. Fiz amigos, reuni contactos, estive perto de um contrato. Vivia atormentada com a ideia de nunca mais sair dali, nunca iria ser uma jornalista "comme il faut". Queria estudar mais. Invejava aqueles que tinham vivido fora, estudado em boas universidades, com amigos em todo o lado, essas pessoas cosmopolitas. Queria ser assim.
Agora estou aqui. Sempre quis estar aqui. Estou feliz aqui. Mas não consigo parar de pensar "E depois?". Sei que o emprego que quero está em Londres. Sei que não tenho dinheiro para ir para Londres. Sei que não quero voltar para Portugal sem ter a experiência de trabalhar num jornal britânico. E se não conseguir nada? E se conseguir mas isso implicar custos que não posso suportar? E se voltar para casa de mãos a abanar? E se tudo isto foi inútil e volto à estaca zero?
Volto à sala de aula, respiro fundo, por agora estou a salvo.
Sei que os "bons blogs" não são diários da vida privada, mas quem sabe alguém se identifique por aí. Podemos criar um grupo de apoio: os Preocupados Anónimos.
Disse-o porque preciso de ouvir essas palavras que não são mais que uma panaceia para a minha doença. Essa preocupação constante.
Voltei atrás no tempo. Lembrei como todos os meus amigos foram para Ciências e eu fui para Humanidades. Como isso não me fez sentir especial ou inteligente, mas uma espécie de falhanço por não ter o apelo da ciência. Eu gostava de História e de ler, ler, ler. Hoje tenho orgulho nisso, mas na altura eu era apenas estranha. A faculdade foi uma época amiga, confortável. Mas eu só pensava em como nunca iria conseguir o estágio que queria e como isso ia determinar o meu futuro. O estágio consegui-o. Mas o desemprego aterrorizava-me. Nunca serei uma jornalista, vou acabar num departamento de comunicação qualquer a odiar a minha vida. O emprego consegui-o. Achei que, de todos os meus colegas, tinha ficado com o pior lugar. Mas aprendi a viver com ele. Fiz amigos, reuni contactos, estive perto de um contrato. Vivia atormentada com a ideia de nunca mais sair dali, nunca iria ser uma jornalista "comme il faut". Queria estudar mais. Invejava aqueles que tinham vivido fora, estudado em boas universidades, com amigos em todo o lado, essas pessoas cosmopolitas. Queria ser assim.
Agora estou aqui. Sempre quis estar aqui. Estou feliz aqui. Mas não consigo parar de pensar "E depois?". Sei que o emprego que quero está em Londres. Sei que não tenho dinheiro para ir para Londres. Sei que não quero voltar para Portugal sem ter a experiência de trabalhar num jornal britânico. E se não conseguir nada? E se conseguir mas isso implicar custos que não posso suportar? E se voltar para casa de mãos a abanar? E se tudo isto foi inútil e volto à estaca zero?
Volto à sala de aula, respiro fundo, por agora estou a salvo.
Sei que os "bons blogs" não são diários da vida privada, mas quem sabe alguém se identifique por aí. Podemos criar um grupo de apoio: os Preocupados Anónimos.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
Figas
Ao Público, o meu jornal português preferido, desejo toda a sorte do mundo nesta nova etapa.
E que guardem para lá um lugarzinho para mim, se faz favor.
E que guardem para lá um lugarzinho para mim, se faz favor.
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