sexta-feira, 31 de outubro de 2008

"Que tudo corra pelo melhor", disse-me o rapaz em tom confidente. Eu saí, apressei o passo. Um suspiro nervoso. "Pelo melhor, sim...", pensei. O melhor.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mamma Mia/ Casa Pia

A gargalhada do dia



Jornalistas bem retratadinhos, hein? Vá, é merecido.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Para os meus amigos "expatriados"

"Thomas Jefferson, que passou vários anos como diplomata em Paris, tinha esta fórmula: depois de um ano fora, são precisos dois anos para nos sentirmos confortáveis no nosso próprio país; se estamos fora cinco anos, são precisos dez; mas depois de dez anos fora é impossível regressar e sentirmo-nos em casa"

Martin Earl, americano em Portugal há 22 anos


Se calhar é melhor termos cuidado. Sim, estou a incluir-me.

Porque é que os Estados Unidos devem votar em Obama?

“Dos vários défices legados pela Administração Bush, o mais grave é a queda do poder de atracção em relação a outros pontos do globo. Os Estados Unidos passaram a ser olhados como uma nação arrogante, que privilegia a força sobre o direito e despreza o consenso e, talvez mais grave, como uma nação em guerra não com o terror, mas com o Islão. Sondagem após sondagem, é esta a imagem que se acentua desde 2003. Não mais a de campeã do multilateralismo, da democracia e da liberdade, mas do reino da arbitrariedade e da prepotência, desde a teia de falsidades da guerra do Iraque, aos espaços de não direito, como Guantánamo, Abu Ghraib ou a justificação da tortura. As violações dos direitos fundamentais minaram a credibilidade dos Estados Unidos para promover a democratização.”


Álvaro Vasconcelos, director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, in Pública


Porque se Obama vencer há, pelo menos a esperança, de que isto mude.
Em tempo de eleições – americanas, mas também portuguesas (daqui já vejo os pés de 2009) – relembro uma sábia frase de Benjamin Franklin: “Qualquer sociedade que aceita perder alguma liberdade em troca de pouca segurança não merece nenhuma e perderá as duas”.

Para o mundo inteiro, na época actual, acho que a frase vem bem a propósito. Esperemos que alguém pense nela.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Viajar para dentro


Há quem diga que os clássicos "é que é", quem diga que os clássicos são uma fraude. Eu não sei. Diria que os clássicos são como os não clássicos, uns melhores que outros, uns eternos, outros não. Subjectivíssimos.
Mas a verdade é que são às centenas e sentimos que devemos lê-los. Que há um espaço vazio na biblioteca interior, essa enorme estante que nem no espaço de uma vida estará completa. Acrescentei-lhe uma nova capa hoje, quando virei a última página da "Viagem ao Centro da Terra", de Júlio Verne. Há neste livro um toque de fantástico, de ficção científica, de aventura, de romance histórico. Tudo misturado num género indefinido.
É viciante, invadiu-me os sonhos de grutas escuras e mundos misteriosos. Óptimo livro de viagem, seja ela qual for. Até para as interiores.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O casamento C&C

Já risquei um ponto da minha lista de "eu nunca". Eu já fui a um casamento. Muito pouco tradicional, bem sei. Mas para mim foi o casamento contos-de-fada. Não teve banda, nem dezenas de convidados. Não foi num grande restaurante nem se prolongou noite a dentro. Mas reuniu num só espaço amigos sem fronteiras e celebrou uma união muito especial.
Havia "aquele francês" no início. Que se tornou "no francês" por quem valia a pena virar o mapa-mundo. Neste casamento que todos acompanhámos, acarinhámos e "abençoámos", os noivos falam três línguas numa conversa de 10 minutos, e isso para mim é a coisa mais romântica do mundo.

Apesar do racionalismo dizer não, o nosso romantismo todo dizia sim! Atirámos pétalas e brindámos ao futuro. Levámos champanhe para a Torre Eiffel. Um brinde desses só pode dar sorte. Mesmo que os meus pés ardessem de dor e os sapatos salto-alto de verniz passeassem na mão. Acho que até isso deu sorte. Porque no fim, a relva era macia.




sábado, 18 de outubro de 2008

Paris conquistou-me

Eu não acredito em Amor à primeira vista. Com pessoas. Agora com cidades...

Paris e a sua cara-postal roubaram-me suspiros. Que cliché gostar de Paris...! Mas como resistir ao Sena, ao quadro encantado que é cada esquina, às lojas, aos cafés tirados do mais perfeito imaginário, à modernidade, ao ar cosmopolita, à agitação deliciosamente permanente das ruas?
Paris conquistou-me.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A letra P já significa muita coisa

Até para a semana. Vou conhecer a Torre Eiffel e quem sabe apanhar um bouquet.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Lisboagate, ou a piada-sobre-a-Câmara-de-Lisboa-nos-próximos-seis-meses

A crónica já vem atrasada, mas mais vale tarde que nunca. Faço dele as minhas palavras (se bem que as dele são mais certeiras):

"A CUNHA TEM MUITO que se lhe diga. Toda a gente está disposta a condená-la e a apontá-la como uma das causas do atraso de Portugal, mas poucos, na prática, passam sem ela. Se Jesus, em vez de frequentar as terras de Israel, tivesse pregado nas margens do Tejo, teria dito à multidão em fúria: "Quem nunca meteu uma cunha que atire a primeira pedra." E aí todos baixariam a cabeça, começando pelos mais velhos, e iriam apedrejar para outra freguesia. É que a cunha não é um acto de corrupção, como enfiar notas na mão de um autarca. É, de forma bem mais cândida, driblar a máquina burocrática, pedir pequenos favores para o primo que é óptimo rapaz, tentar muitas vezes ajudar quem efectivamente precisa ou, como se diz na minha terra, ter um simples "olhamento".

Mas, claro, de cunhas bem-intencionadas está o inferno cheio. Veja-se o caso "Lisboagate". As primeiras notícias divulgadas pelo DN ainda vinham acompanhadas de um halo de santidade. Os abusos na atribuição de casas pela autarquia eram, afinal, justificados pelas melhores razões: do Presidente da República à esposa do primeiro-ministro, todos metiam cunhas e pediam casas, mas sempre a favor do pobrezinho desamparado. A cunha, boa parte das vezes, não beneficia directamente o próprio e é feita com o argumento de reparar uma injustiça. O problema é que, sem a existência de regras claras e justas, passa a haver uma espécie de fotogenia da pobreza: beneficiam aqueles que melhor comoverem os poderosos. Claro que atrás do pobre vem o motorista do Presidente que mora longe, coitado, e atrás do motorista vem a funcionária que se divorciou e não tem para onde ir, e atrás da funcionária vem o filho da funcionária, que também é filho de Deus.

A partir daí, nessa avalanche de cunhas e favores cabe tudo, e tudo se mistura. Quando o caso "Lisboagate" atinge um nome como o de Baptista-Bastos, é porque algo está podre no reino da Dinamarca. Numa breve troca de mails, Baptista-Bastos negou-me ter tido qualquer comportamento "reprovável" e eu não tenho qualquer razão para pôr em causa a sua verticalidade. Mas também não tenho dúvidas de que ele jamais deveria ter recorrido à câmara para conseguir uma casa. O escritor Baptista-Bastos, que já tanto deu a Lisboa, podia ter direito a ser ajudado numa altura de dificuldade, como parece ter sido o caso. O jornalista Baptista-Bastos, não. Porque pediu um favor ao poder autárquico. Porque auferiu de um privilégio vedado ao cidadão comum. Que alguém que sempre foi tão moralmente exigente nos seus artigos de imprensa não perceba isto faz-me confusão. Quem, como ele, acredita na nobreza do jornalismo, tem de reconhecer uma cunha quando a vê. E, sobretudo, deve reconhecê-la quando a mete".

João Miguel Tavares, in Diário de Notícias

A confusão que pode ser um filme com o formato de reportagem do 60 minutos (ou semelhantes)

Ontem fui ver “A morte de um Presidente”. Sim, já era tempo de provar que também sei falar de filmes. Que assim uma pessoa sente-se deslocada em relação aos pares.
Ainda estou a digerir aquela coisa do “gostei” ou “não gostei”. Inclino-me mais para a primeira, mas quando o processo terminar dou o veredicto.
Quando as luzes da sala vip do Amoreiras acenderam o Pedro olhou para mim e disse “Coitado do Bush”. É verdade, até eu tive pena do Bush, com os manifestantes a lançar palavras de puro ódio, e principalmente porque – isto já nem sequer pode ser considerado spoiler – o homem morre. Dão-lhe um tiro. Pumbas, e morre mesmo.
À saída do filme discutimos brevemente se era ou não anti-Bush. Eu disse que não.
Quando cheguei a casa achei que se calhar era. Já lá vou.
O curioso do filme é estar feito naquele estilo documental de facto –> testemunha –> facto. Fala a “escrevedora de discursos”, fala o segurança, fala o FBI, fala o veterano de guerra, a mãe dele, o manifestante, a mulher do suspeito. Tal e qual como nas produções que assisto na SIC Notícias. Não fosse um aviso no início do filme, eu duvidava. E depois são as imagens reais do Bush, é mesmo ele ali às voltas a fazer discursos e cumprimentar pessoas.
O segurança treme o queixo ao relembrar o tiro que mata o presidente. Seguem-se elogios à pessoa, ao seu espírito de liderança e sabedoria.
No entanto, não sei bem se é mesmo essa a mensagem que fica. Porque disso já estávamos à espera. Bom, também estávamos à espera que prendessem um muçulmano como suspeito. No entanto há momentos no filme em que também nós achamos que ele era culpado. Mas afinal não era. Mas continua preso, continua acusado.
Apesar de nessa altura o presidente já estar bem morto, é possível dizer que o filme é anti-Bush. Não porque prenderam o homem errado, mas porque manipularam a opinião pública tornando-o irreversivelmente culpado, quando ainda não havia certezas.
Porque – spoilers! – o verdadeiro assassino é um ex-veterano de guerra para quem todo o sentido da vida residia em defender o seu país, lutar por uma causa nobre e honesta. Esse mesmo veterano perde o filho no Iraque, e perde também o orgulho naquela missão. Não há armas de destruição massiva, o Iraque é um palco de chacina onde os americanos não são anjos, mas demónios. Digo que é anti-Bush porque rói as bases. O homem que deu a vida à pátria culpa Bush pela corrupção do país, não vê outra solução senão matá-lo e matar-se a si depois.
Contra isto não discurso comovente que resista.

O príncipe encantado que era preto

Ontem apanhei um episódio de estreia de uma novela nova. Fui para a cama a pensar naquilo.
Ainda não tinha dado conta de uma dessas produções da TVI abordar o tema do racismo no casal central. Se calhar até já aconteceu, mas eu nunca vi.
Pois bem, ontem reforcei aquela ideia, que tanta polémica deu num post passado, de que as novelas pecam pela mediocridade da mensagem.
Então aquilo era assim: jovenzinha leva o namorado para jantar em casa dos pais, para o apresentar. O rapaz é preto. O pai passa o jantar a resmungar e chega a ser mal-educado. Quando o rapaz se vai embora gera-se uma discussão pai-filha.
O que me chateou – e que me fez concluir que afinal a novela estava a ser mesmo racista – foi que o dito rapaz era PERFEITO. Estudante de direito na clássica, óptimas novas, lindo de morrer (sem margem para a subjectividade), bem vestido, muito educado, muito bem falante, muito apaixonado, muito compreensivo. A discussão subliminar é: pai, podes desculpar o facto de ele ser preto porque não tem mais defeitos. Tinham que fazer o rapaz impecável ou a cor da pele já seria demais. Não podia ser preto e desempregado, ou preto e um bocado rebelde. Isso desclassificava-o. Esses defeitos os pais só aturam aos namorados das filhas que são branquinhos.
Agora o Rogério Samora que se desenrasque com esta batata quente.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eu tenho medo da Helena Roseta

Tenho uma mania embirrante de querer votar em eleições que não me dizem respeito. Nos EUA já toda a gente sabe. Na Câmara de Lisboa, podia adivinhar-se. Dispensava as eleições em Cascais, onde tanto me faz e pouco se passa e trocava-as por um voto na capital. Isso sim.
No ano passado estava a estagiar na Renascença quando foram as intercalares. Gostava da Helena Roseta, decidi que votava nela (sim, eu decido estas coisas). Depois, quando ela perdeu e o BE se coligou com o executivo, mandaram-me ligar-lhe para obter uma reacção. Liguei duas vezes sem sucesso, Tocava, tocava e nada. Enquanto esperava, entre a segunda e a terceira tentativa que nunca chegou a acontecer, a senhora da recepção sobe à redacção e pergunta “Quem é que tentou ligar à Helena Roseta?”. “Eu. Porquê?”. Bom, ao que parece a senhora ligou para lá e berrou até cair, sobre o facto de não pararmos de insistir nos telefonemas. Agradeci aos céus não me ter atendido…
Meses passados voltei a simpatizar com ela. Agora que trabalho na Grande Lisboa (secção do jornal, leia-se) recebo muitas propostas interessantes dos Cidadãos por Lisboa e volto a achá-la competente. Hoje voltei a ligar-lhe. Quando me preparava para marcar o número tive um arrepio. “Aposto que ela me vai tratar mal”, disse à minha editora. Ela riu-se e disse “claro que não”. Claro que sim. Ela é mesmo antipática e repete expressões como “oiça, eu não sei….”, “oiça, você sabe que…”. Mesmo assim a coisa ia normal. Perguntei o que tinha a perguntar. E depois… achei que devia arriscar e questioná-la sobre uma candidatura à Câmara. Big mistake. Como calculei que não me responderia, e não quis ser mal-educada, decidi fazer uma graça e disse: “Vou-lhe perguntar uma coisa mas não sei se me vai querer responder. Mas vou tentar”. Usei o tom mais amigável possível. Esperava uma gargalhada, um “então vá lá”. Levei uma descompostura. “Isto não é um concurso onde dá tiros no escuro para ver se eu caio. Não gosto de ser tratada assim”. Oh não… ela voltou a maltratar-me. Por acaso até me respondeu, mas desliguei o telefone com um sabor amargo na boca.
Continuo a achar que a Helena Roseta é competente, mas agora ainda tenho mais medo dela.

"Agora não, que falta um impresso"

Estou a fazer-me fã de Deolinda. Há toda uma sabedoria nesta letra deliciosa:

sábado, 4 de outubro de 2008

O homem que queria salvar a humanidade

Uma reportagem digna do Inimigo Público (se não fosse verdadeira):

“Vou estar com uma camisola verde, um casaco verde e uma pasta preta na mão. Ninguém tem pastas pretas, por isso vai ser fácil. Sou careca e tenho olhos azuis”.
Os contornos deste caso fazem lembrar um filme de detectives. Gabriel Pina é o informador, o Ponto do i um agente infiltrado.
“Acredito que possa estar até a correr risco de vida”. A conversa decorre na sala de visitas do estabelecimento prisional de Pinheiro da Cruz, onde Gabriel Pina está preso desde 2004 por posse de haxixe. O barulho quase ensurdecedor das famílias em conversas animadas, obriga Gabriel a falar-nos quase ao ouvido, o que torna tudo ainda mais fílmico.
O motivo de todo este mistério? Uma invenção da autoria de Gabriel Pina e que o próprio considera “revolucionária” e de “imenso interesse público”. O invento que criou ainda antes de ser preso (já tinha sido condenado, mas encontrava-se em situação de foragido – mais um elemento deste filme de acção) vem ao encontro das actuais preocupações ambientais: uma máquina que produz electricidade limpa, gratuita e não poluente, à semelhança de um aerogerador, mas que não está dependente do vento. Aliás, “não está dependente de nada”. Ou melhor, está, mas a fonte de energia não é nenhuma das tradicionais, nem o ar, nem o sol, nem as ondas.
Gabriel Pina mantém a fonte de energia desta invenção em segredo, porque “bastava revelá-la para que qualquer pessoa pudesse fazê-lo” e poderia perder os direitos sobre a sua máquina (chamemos-lhe assim, já que ainda não tem nome).
Tudo começou numa tarde de sofá. Desde sempre que Gabriel se interessou por engenhos, desmontava as bicicletas e as motas para lhes perceber o funcionamento. “Sempre me interessei por tecnologias”, conta. E foi no sofá que começou a magicar uma forma de construir um carro especialmente para idosos. Teria que ser muito económico já que a classe etária não é das mais endinheiradas.
Conseguiu chegar a uma alternativa energética “a custo zero”. A chave, explica, é o Movimento Perpétuo. O moto contínuo sempre foi uma quimera perseguida pelos físicos – uma máquina que reutilizaria infinitamente a energia gerada pelo seu próprio movimento – mas Gabriel Pina acredita que desvendou o mistério.
O processo, explica, é simples, não reside tanto no engenho, mas na ideia. “Eu próprio fico admirado como ninguém inventou isto”.

Desde que foi preso, Gabriel tem pedido indultos ao Presidente da República todos os anos, mas todos lhe foram negados. Escreveu a tribunais, jornalistas e políticos. Guarda, ainda um bilhete escrito à mão por Francisco Louçã, que se demonstra sensibilizado com a situação e promete: “logo que possível visitarei Pinheiro da Cruz”. Isto passou-se em 2005, mas até agora o bloquista ainda não apareceu.
“Não percebo como é que o Jorge Sampaio deu indulto a um homem que matou sete pessoas e não me dá a mim”. A questão, explica, é de interesse público e “compete ao estado ouvir todas as pessoas, todas as hipóteses”.
Gabriel ainda não entrou com um pedido de patente, porque desconfia da honestidade do sistema. Para registar uma patente em Portugal, é preciso enviar uma descrição do invento para o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), acompanhada por um desenho técnico, elaborado por um desenhador. Ora Gabriel acredita que o seu invento terá tal impacto, que o desenhador, ao ter acesso ao mecanismo, poderá tentar roubá-lo.
Para além disso, Gabriel não confia nas próprias regras do INPI e receia perder direitos sobre o seu invento. “Ninguém vai fazer uma falcatrua com um laboratório, mas eu sou apenas um cidadão anónimo”. Por isso, espera poder levar a sua máquina a uma feira de inventos, o que fará com que a sua criação tenha prioridade de entrada no INPI e, acredita Gabriel, esteja mais segura contra roubos.
“Mas alguma vez ouviu falar de um roubo de patente?”, perguntamos-lhe. “Toda a gente me pergunta isso”, responde. E devolve-nos a pergunta: “E já alguma vez ouviu falar do registo de algum invento mesmo importante em Portugal?”.
Por agora, Gabriel só pode esperar, mas promete que quando sair da prisão irá processar por negligência todas as pessoas do estabelecimento prisional que não lhe têm dado credibilidade: “Pensam que uma pessoa que está presa tem que ser um anormal”.

O Ponto do i esteve na praia


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Métodos contraceptivos negam «verdade do amor conjugal», diz Bento XVI

"O Papa voltou, esta sexta-feira, a condenar todos os métodos contraceptivos. Bento XVI diz que os casais que os usam estão a «negar a verdade do amor conjugal».
O Vaticano condena a utilização de qualquer método para o controlo da natalidade. A posição é expressa num texto, assinado pelo Papa, hoje distribuído pelo serviço de imprensa da Santa Sé.
A única excepção admitida é a abstinência, mas mesmo neste caso a Igreja Católica advoga que apenas deve ser um recurso para casais que atravessem dificuldades graves".

TSF

Se o chefe máximo da Igreja diz estas coisas, conclui-se que pouco sabe sobre amor. Não há mesmo condições para ser católico.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Isto é racismo

O pior cartaz de sempre do PNR:


Reparem que uma das ovelhas diz "multiculturalismo", como se fosse um factor negativo, a par com a "criminalidade" ou os "salários baixos"

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Confissões de uma jornalista verdinha

Olha em volta. Será que falei com pessoas suficientes? Se calhar devia falar com mais uma.
Atenção, aquele senhor não é "civil", é "importante", não faças essas perguntas da treta. Pensa outside the box. Acho que não consegui.
E o ambiente? Estarei a captar um ângulo original? Não me parece...
Relógio. Bem, já são horas de ir andando.
Oh não, tão pouco espaço! Vamos a isso. Como é que vou meter tudo isto aqui?? Tem que ser. Vamos a tópicos. Acabou-se o espaço e falta abordar três tópicos. Vou cortar, falo de cada assunto mais ao de leve. Está mesmo leve. Demais. Não estará telegráfico?
Agora o título. Vá, já és crescida, faz uma piadinha, um trocadilho, tu és capaz. Bolas, fica uma palavra de fora. Encolhe o espaçamento. Não dá mais. Muda a frase.
Relê. Ficou uma tanga, uma frase para cada fonte. Bem, ao menos houve fonte...
Mostra à editora, talvez te dê mais uma coluna hoje... Não? Está óptimo assim? Mas... ok.
Amanhã há mais.