segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Atenção, este post é sobre o Pinto da Costa

Verifico que de cada vez que alguém escreve sobre o Pinto da Costa chovem comentários de fãs indignados. Fiquei com vontade de fazer um teste. Aqui vai: Acho que o Pinto da Costa é um mafioso da pior espécie que devia estar na prisão e lá apodrecer até morrer. E nem me façam falar do episódio do fotógrafo atropelado.
Vá, leitores, saiam debaixo dessas pedras!

O direito de voto

Fiz uma lista de coisas que tenho que tratar antes de ir embora. Entre os pontos da minha lista estava descobrir como posso votar, já que parto a 17 de Setembro (e as aulas começam a 21). Digo "estava" porque já descobri. Não posso. Porquê? Bom, na lista de pessoas que podem votar antecipadamente não estão comtemplados estudantes no estrangeiro, apenas casos como GNR em missão ou atletas em competição. Mestrados não. Além disso também não posso votar na embaixada - coisa que me daria algum trabalho visto que a embaixada é em Londres, mas eu já estava a pôr essa hipótese - porque não sou residente no estrangeiro.
"Então e não há solução nenhuma para mim?". Parece que não. Confesso que estou surpreendida. Achei que ligando para o sítio certo me explicariam todos os meandros do mundo eleitoral onde TODA A GENTE pode votar se realmente quiser. Afinal, não estão sempre a apelar ao voto? Eu julgava que era um direito, mas afinal parece que é um meio-direito. Isso de estudar não é desculpa. Atletas sim, estudantes não.

domingo, 30 de agosto de 2009

Gerações

Hoje carreguei o novo mp3 da minha mãe com músicas que ela escolheu. São 44 e não há nem uma cantada em inglês.

Ora aqui está uma notícia que interessa

"A obsessão pelos abdominais definidos tornou-se tão betinha e cerimoniosa que deixou de ser masculina", comenta Aaron Hicklin, editor da Out.

E para as meninas, não há? Eu cá não sou betinha...

Porque é que as agências de comunicação são coisinhas que me incomodam

"(...) Marcam conferências de imprensa, promovem eventos, preparam informação sobre os temas que querem ver noticiados, fazem a ponte entre os jornalistas e os protagonistas das notícias. Definem estratégias de comunicação, criam acontecimentos, fazem contra-informação, testam medidas políticas e ajudam a delinear campanhas eleitorais. O primeiro-ministro, José Sócrates, e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, contaram com o seu apoio nas últimas eleições, e não prescindem delas.
Um dos seus grandes papéis é gerir situações de crise, controlar os danos de imagem das empresas e dos protagonistas que estão a promover, antecipar cenários, influenciar a opinião pública. Quando os pais de Maddie McCann se tornaram suspeitos do desaparecimento da filha, contrataram os seus serviços.
Prometem exclusivos, sugerem entrevistas, acenam com informação em primeira-mão, escolhem os meios mais eficazes para passar a sua mensagem. Condicionam o acesso directo às fontes, preparam os clientes para as entrevistas e fazem perfis dos jornalistas, para que eles saibam com o que podem contar. Manuela Moura Guedes é uma das jornalistas a que alguns aconselham os seus clientes a não falar.
(...)
«As consultoras de comunicação não têm, como os media, o dever de defender o interesse público, trabalham para quem tem capacidade de lhes pagar. É, por isso, essencial que exista um estatuto profissional com força legal», frisa Felisbela Lopes [especialista na área dos media e professora no departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho]. Os consultores têm regras éticas estabelecidas pelo Código de Estocolmo, mas tratam-se apenas de normas de conduta."

Anabela Campos, in Única (Expresso)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Viva o rei (sem ponto de exclamação)

Os monárquicos são pessoas que me intrigam. Gostava de levar um a jantar. Só naquela.

Já comecei a reunir balões

Depois de ver Up...
... retiro tudo o que disse sobre o casamento.

domingo, 23 de agosto de 2009

Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...

Apesar da minha tenra idade cheguei a uma conclusão incontornável: o casamento é uma instituição falida. Ora vejamos: quantos casamentos duram felizes? Muitíssimo poucos. Não digo que não existam, pois claro que sim. Também existem pessoas que gostam de comer carne crua e nem por isso se decide que isso deve estar na dieta de toda a gente. A quantidade exorbitante de casamentos infelizes leva-me a concluir que não deveriam ser um desfecho normal da vida de toda e qualquer pessoa. Porque vá, admitamos, quem não casa (ou junta, que vai dar ao mesmo) é considerado um falhado, um coitadinho, "ninguém o quer". Mas afinal porque devemos todos seguir por esse caminho se a probabilidade de isso nos fazer felizes é ínfima?
Evoluímos tanto e em tanta coisa e ainda não encontrámos um conceito qualquer que substitua o já fora de prazo casamento.

Entusiasmo sem anti-virus

Ultimamente as pessoas têm-me perguntado muito se estou entusiasmada com a partida (isso e se o Pedro está a "aceitar bem" que é uma coisa que francamente me irrita - parem de fazer isso por favor). A minha reacção geral é um largo sorriso e um sim de boca cheia. Sim, estou muito entusiasmada.
E aí é que está o problema. É que já não me controlo. Volto a ler mais jornais, e espreito mais os internacionais. A parede firewall foi desinstalada e quando leio algo interessante vejo-me logo a fazê-lo. Imagino um mundo inteiro de desafios e pessoas. Estou descontroladamente entusiasmada, essa é a verdade. Com a cidade, com os colegas, com o mestrado, com os professores, com as revistas e os jornais e as coisas que vou fazer.
Tenho para mim que com tudo isto, só posso desiludir-me. Mas por agora está a saber-me mesmo bem.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O fim de tudo é o recomeço*

A sala está vazia, deserta como nunca. Lá fora restam apenas sobras de sol do dia que passou. Não sei explicar o porquê mas não me apetece sair daqui, quero prolongar este estranho momento, gravá-lo na memória.
Daqui a nada vou levantar-me, desligar o computador pela última vez. Vou deixar a minha fotografia de fundo e os meus autocolantes em torno da máquina. Depois percorro o corredor, novo para mim, apago a luz e fecho a porta. Digo adeus.
Na minha partida há um alívio muito grande. Mas também uma nostalgia doce. E um medo do futuro.
Aqui tive o meu primeiro emprego a sério. A minha pequena autoridade, as minhas pequenas vitórias. Também desilusões e revoltas. Também aqui vi como as pessoas podem ser mesquinhas e invejosas. Aqui senti o peito inchar de raiva, vi como esta é uma profissão em que temos de estar sempre a relembrarmo-nos do que é de facto importante. Levei a minha avante e fui passada à frente. Ri a sério e passei por vergonhas. Consolei e fui consolada. Conheci sítios e pessoas novos. Fiz amigos.
Agora é tempo de encaixotar a vida e seguir em frente. Para novos desafios, novas cadeiras, novas lutas. Acredito que será tudo melhor, sei que será tudo muito melhor. Ainda assim, são 20h40 e continuo sem vontade de me levantar desta cadeira.

*Cada vez que fecho uma porta lembro-me desta música.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

PÁRA TUDO!!

Afinal neva em Cardiff!!! Não percebo como se dá o fenómeno masssss NEVA EM CARDIFF!!!




P.S. Todos os filmes que encontrei sobre "neve em Cardiff" foram feitos por estrangeiros hahaha

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Livros

Li de um sopro




















Não consigo parar de ler




















A seguir vou ler (para me ir ambientando...)


Cheguei à triste conclusão

Sou uma sentimentalóide do pior.

Umas saudades que irritam

Tenho uma espécie de formigueiro que circula entre a garganta e o estômago. É uma impressão que prefere acumular-se mais ali na zona do coração. Uma dorzinha irritante, que eu enxoto mas volta sempre. Tenho que confessar que não fui ao médico porque sei o que é… são saudades. São umas saudades envergonhadas, um pouco mimadas. E ainda por cima, as estúpidas são também medrosas. São saudades que não têm muito direito a sê-lo assim. Porque dentro da minha grelha de saudades, arrumadinhas por pessoas, intensidade e tipo, são mal comportadas.
As minhas saudades rebeldes não querem saber do bem-estar alheio. Estou sempre a dizer-lhes, a estas crianças mal comportadas, que devem estar felizes. Eu estou imensamente orgulhosa mas elas não querem saber disso. Eu digo-lhes “mas não vêem que ela está feliz? Que corre tudo muito bem?” e elas deitam-me a língua de fora. Eu ponho-as de castigo, mas nada funciona. Preciso de aulas de educação parental, é o que é.
As minhas saudades são bebés rechonchudos que sabem que vão crescer e que a infância se vai acabar. Elas choramingam porque há uma amiga minha que se está a ir embora devagarinho. Como se elas não soubessem que a vida é mesmo assim. Parvas.
Tenho pena delas, às vezes, porque sei que não fazem por mal. Elas queriam que a minha amiga ainda soubesse a minha roupa de cor e essas coisas. Queriam que ela ainda lesse o início dos meus textos e desse palpite na praia onde vou. Queriam que ela me ralhasse daquela maneira que oscila entre o adorável e o irritante. Eu já lhes expliquei mil vezes que as coisas mudam, isso não tem que ser mau. Elas ignoram-me, batem os pés e gritam.
Às vezes tenho com elas toda a calma do mundo, explico-lhes que há viagens baratas e que amigo que é amigo é-o sempre. Temos tantos amigos assim, digo eu. E há mesmo dias em que elas sorriem e dizem que eu tenho razão. Elas sabem que o mundo não é feito de pecinhas que se movem à nossa vontade. Mas isso não deixa de as chatear. Nem a elas, nem a mim.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Estou com medo de sair de casa

A minha casa é fria. No verão é fresca. Aqui nunca está calor. Hoje está. O Instituto de Meteorologia diz que estão 36 graus lá fora. Estou com medo de sair de casa.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

27 é uma boa idade, a sério que sim

Preciso de desejar um feliz aniversário a uma amiga, apesar de ser só amanhã e ainda faltarem umas horas para a meia-noite. Preciso porque é agora que me apetece, pronto.
As pessoas costumam ter alguma parcimónia no uso desta palavra, amiga. Entendo, amigo não é qualquer um. Se bem que... às vezes é. Às vezes amigo é quem não esperávamos. Amigo não nos conhece assim há tantoooo tempo, nem nos conta confidências. Amigo não sabe assim muito sobre a nossa vida. Mas às vezes é mesmo amigo. É, quando nos deita um olhar que diz "percebo-te" e mesmo quando não percebe lança os braços para amparar. Protege dos ataques alheios e dá conselhos sinceros embrulhados num "não leves a mal" cuidadoso.
Esta é a minha "nova" amiga que amanhã faz anos. Não era amiga, foi sendo. As páginas foram esvoaçando e agora é. O que eu gosto nesta amiga é que apesar de ser bastante diferente de mim, tem uma capacidade de perceber os pontos de vista dos outros que me espanta. Antes eu achava que talvez fosse falta de personalidade, falta de critério. Quem sabe até falsidade. Hoje percebi que é apenas uma adepta da crítica construtiva e gosta de aprender. Gosto de pessoas que gostam de aprender.
E assim concluo que por vezes temos que dar uma oportunidade às pessoas para que elas nos surpreendam. Live and learn.
Por tudo isto que hoje percebi, desejo-lhe um feliz aniversário. Mas atenção, "sem stresses". ;)

Publicidade que não entendo

“Adira já e fale grátis para a TMN por apenas 1 euro por dia”.
Se é 1 euro por dia, não é grátis…aaaa… certo?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A vontade de partir

É comum gerarem-se discussões sobre partidas para outros países. Julgo que as pessoas se podem dividir entre duas categorias: as que sentem um apelo e as que não sentem. As que sentem, podem não concretizar o seu desejo, mas acredito que isso lhes vai pesar sempre na consciência. As que não sentem tendem a olhar as outras com um certo desprezo, como tivessem que lidar com caprichos de crianças mimadas.
É de facto difícil explicar, apesar de para mim existirem mil razões para querer partir. Não é um desagrado pelo meu país ou pelas pessoas. É uma constante insatisfação que não me deixa viver bem. É uma vontade sôfrega de conhecer mais que isto, e conhecer não só como turista. Pode ser – será com certeza – muito mais bonito de ler nas revistas, mas não há nada que me cause mais inveja que vidas com amigos por todo o mundo, um ano aqui outro ali, trabalhos diversificados, culturas diferentes. Começo logo a suspirar. Para algumas pessoas isso causará uma sensação desagradável. Eu entendo, racionalmente parece-me normal não querermos abandonar a família e amigos, casa, carro, coisas, hábitos. Mas já diz a sabedoria popular “só se vive uma vez” e o tempo parece-me pouco para tudo o que há para ver no mundo.
Não tenho muito medo da mudança. Tenho medo de deixar o meu emprego e não voltar a encontrar outro. Tenho medo de deixar o meu namorado cá, refém das minhas vontades. Mas também não sei viver com este emprego e sei que as pessoas que gostam de mim sabem o que preciso para ser feliz.
Para alguns pode ser capricho, para mim é a necessidade vital de ser maior. Melhor pessoa, melhor profissional. De ter a vida que ambiciono. Preciso de a procurar nalgum lado. Para alguns será incompreensível, mas para mim é um apelo irresistível.

domingo, 9 de agosto de 2009

Frases de sorrir de orelha a orelha

"Vais voltar gorda bêbada e a falar galês"

Que bela gargalhada.

sábado, 8 de agosto de 2009

E ainda





Morreu Raúl Solnado.

Há poucos assim. Era dos bons.

Quatro funerais, nenhum casamento

Em 2007 comecei a escrever um texto que ficou nos rascunhos. Era a propósito do 50º aniversário de casamento de uns primos em segundo grau. Dizia eu que "em todas as famílias há alguém com quem gozamos" e na minha eram eles. Não é que não gostássemos deles, mas "sem filhos e na casa dos 70, são cheios de protocolos e etiqueta. Fazem discursos nos aniversários e decidem onde as pessoas se vão sentar à mesa". Naquele dia do re-casamento deram "uma missa com jantar xpto no Pateo Alfacinha. Lá vamos nós, o grupo do costume, cheios de piadinhas e sarcasmo, a gozar com o ar mumificado de alguns convidados. A mim doiam-me os pés de estar empoleirada nos saltos de verniz e o sorriso ja plastico já cansava". O objectivo deste texto que deixei a meio era confessar que apesar de tudo isto tinha ficado comovida durante aquela missa e aquele discurso um tanto piroso. Porque estes meus primos viam-se à 50 anos, moravam juntos, comiam juntos, passavam férias juntos, serões, manhãs, uma vida inteira e continuavam a querer fazê-lo. Queriam mesmo celebrá-lo. Era óbvio que gostavam muito um do outro e isso para mim é comovente. Havia uma ternura ali que me impressionou. Apesar da sua casa parecer um museu, de lerem a biografia de Cavaco Silva como desporto e comerem com muitos talheres, estes primos eram felizes no seu companheirismo e isso é coisa que quase ninguém pode realmente dizer sem estar a embelezar um bocado o quadro.
O primo Orlando e a prima Rosa eram aqueles que ofereciam molduras de prata, ou guarda jóias de pele. Faziam telefonemas de cortesia. Estavam sempre bem dispostos. Para mim e para a minha prima, quase da mesma idade, estar com eles era sinónimo de um dia de risinhos em surdina. Devíamos ter uns 15 anos quando ao almoço o primo Orlando se referiu ao ex-namorado da sobrinha como "esquisito" para dizer que ele era gay. Quase rompemos numa gargalhada escandalosa e ainda hoje fazemos piadas com isso ("pois sabes, mas é que esse é esquisito, escusas de estar a olhar para ele").
O primo Orlando e a prima Rosa estão na casa dos 70 mas ninguém diria. A minha mãe diz que é por não terem filhos. Com menos preocupações, a beleza perdura, diz-se. Nunca os vi como idosos e quando me perguntavam pela sua idade dizia sempre "sessenta e poucos".
Há uns tempos que andavamos a combinar um encontro com eles, pois há muito que não nos víamos. Os almoços acabavam sempre cancelados. Há dois ou três dias a prima Rosa ligou cá para casa para falar com os meus pais mas eles não estavam e ela não deixou recado.
Hoje fui ao funeral do primo Orlando. O cancro foi mais forte do que ele. A sua mulher, antes altiva e sorridente, jovem para a idade, pareceu-me ontem e hoje um fantasma de olhos encovados. O cabelo um tanto desalinhado, desta vez vi-lhe até os brancos. As rugas afinal estavam lá, fundas. Precisou de ajuda para andar. Não consigo imaginar o que é enterrar o amor de uma vida inteira.
Esta é a quarta pessoa que morre na minha família este ano. É verdade que a morte coloca as coisas em perspectiva, mas talvez já bastasse de reflexão espiritual.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ofereço-me para resgate

Preciso de estar zen. Não sei do que é, dos karmas, dos chakras ou qualquer entidade dessas, mas suspiro por paz. Por verde, por água. Qualquer coisa desse tipo. Sonho acordada com uns dias à beira da piscina. Sem festas, animação, preocupações, discussões, problemas alguns. Sonho com serras ou planícies. Qualquer sítio onde se oiçam os passarinhos. Verde. Sem pessoas. Ter os pés mergulhados na água de um ribeiro. O cabelo a pingar as costas. Por favor, o meu momento zen. Sinto a cabeça a zumbir. Antes de mergulhar na eterna e deliciosa confusão do mundo, por favor, alguém me faça este convite irrecusável

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ironias

Tenho um calendário com uma data a vermelha e duas ou três a cor de laranja. Até lá chegar vivo em contagem decrescente e não há como não reconhecer o fim de uma etapa. Não faço ideia do que me vai acontecer, quem vou conhecer, o que vou fazer, que portas se vão abrir ou fechar.
Não deixo de observar com alguma ironia como me enganei mas também como me deixei enganar. Reconheço que me preocupei com coisas parvas e insignificantes. Hoje uma colega contava-me sobre pessoas que andavam a ler este blog "às escondidas" há imenso tempo já. Isso fez-me rir. Há uns tempos atrás teria ficado preocupada, talvez envergonhada. A verdade é que reafirmo tudo o que disse. Hoje tem apenas graça - e apetece-me mesmo dizer olá à minha leitora clandestina que corria a contar as "fofocas" ao respectivo. Hello there! Para a próxima comenta e tal, eu até agradeço.
Bem, mas já me estou a perder. Dizia eu que termino uma etapa. Confesso que o desconhecido me atrai imensamente. Sei também que o momento de partir é agora. Os motivos são vários, desde a actual instabilidade profissional, à minha idade. Acho que não seria capaz de ir depois de ter mais aqui. Quando se tem muito é mais difícil. Quando se construiu, não dá para abandonar. Por isso eu sei que é hoje, é agora o tempo de ir. Talvez não me esteja reservada uma grande aventura, mas gosto de acreditar que sim. Que vou aprender, ver, conhecer. Pessoas, lugares e histórias. E continuarei a vir aqui contar-vos a minha história.

P.S Falta mais de um mês, mas deu-me para isto.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Não ousaria falar de intervenções do governo...

José Eduardo Moniz sai da TVI.
...
Isto não é uma insinuação.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Estas piadas são um bocado cruéis mas...

Hoje vi a Manuela Ferreira Leite na Parede. Pelas minhas contas já é a 17ª vez. As velhinhas da Parede são todas iguais a ela.

domingo, 2 de agosto de 2009

Os velhinhos do Restelo que me desculpem

Decidi hoje falar da fatídica crítica do João Bonifácio porque, ao abrir o Público, dei conta que a discussão ainda continua nas páginas do jornal, desta vez através do provedor do leitor.
Para quem não está dentro, faço um resumo: João Bonifácio foi cobrir o Super Bock Super Rock e fez uma crítica muito negativa ao concerto dos Killers (parte 1); na sua crítica fez uma piadolas sobre o estádio do Restelo estar sempre às moscas (parte 2).
Quanto à parte 1, na altura li a crónica e logo me pronunciei pela parvoíce que é enviar um jornalista para cobrir um concerto de uma banda que detesta. No entanto, o próprio texto o admitia e a partir desse momento a crítica vale o que vale, ou seja, pouco. Não deixou de estar um miminho (como sempre), irónica, divertida, apimentada, perspicaz.
Mal sabia eu que choveram cartas no Público queixando-se do mesmo que eu. Houve um leitor que fez uma comparação engraçada em que dizia que qualquer dia envia-se vegetarianos para fazer crítica gastronómica de uma steak house.
Bom, mas adiante. Mais cartas ainda recebeu o jornal por motivos referentes à parte 2. E aqui é que a porca torce o rabo (que expressão maravilhosa!). Eu li a crítica do Bonifácio. Para justificar o título "Um festival sem festa", o jornalista fez umas graças com graça, dizendo que o estádio nos dias normais não tem muita gente, tirando uns velhinhos que por lá se passeiam. Parece que isto ainda enfureceu mais os leitores e o clube, que escreveram indignadíssimos pela ofensa ao seu clube e estádio. Nuno Pacheco, vice lá do jornal, chegou mesmo a escrever um texto a pedir desculpa. Hoje li excertos de cartas de leitores onde um dizia que depois da ofensa nunca mais compraria o jornal e outro admitindo ser um desses velhinhos e que o jornalista devia ter mais respeito pelos idosos.
Isto é tudo ridículo. Desde quando é que um jornalista não tem liberdade para dizer o que quer numa coluna de opinião? Já não se pode dizer "ai" sem que venham os amigos dos "ais" reclamar por qualquer coisa. Isto demonstra uma falta de sentido democrático chocante. João Bonifácio pode dizer o que lhe der na cabeça sobre o estádio do Restelo e deve fazê-lo. Ainda por cima nem era esse o centro do seu texto, mas apenas uma parte contextual. Estes adeptos demonstram uma falta de capacidade de encaixe e bom senso que roça o patético. O "pedido de desculpas" do jornal é vergonhoso.
Não esperava que este assunto ainda estivesse a ser discutido. Fico feliz que esteja. Ao menos que ainda exista qualquer coisa que equilibre a falta de capacidade de aceitar esse conceito que é o de "opinião livre".