sexta-feira, 30 de abril de 2010

Buckets

No meio de três ensaios / reportagens, artigos de jornal e apresentações, sentei-me hoje com amigos para descodificar o teste de Critical Thinking, um teste para o qual não interessa decorar nada. É um verdadeiro desafio ao raciocínio e à nossa capacidade de identificar falácias de argumentação. Quando já estávamos a chegar ao fim, quase experts em desconstruir discurso, aparece esta pergunta:

"You have access to running water, a three gallon bucket and a five gallon bucket - that is all. You wish to measure out four gallons of water. Give a concise, stage-by-stage account of how you would you do this"

Eu já respondi mas pago uma cerveja a quem descobrir sem googles internéticos (nem sei se servia de alguma coisa, mas não tentem).

Conclusão

Nunca soube o que era "ter muito trabalho".

(Adultos responsáveis que me possam estar a ler: isto é um pedido de ajuda, enviem uma assistente social, qualquer coisa, por favor)

domingo, 25 de abril de 2010

Don't stop me now

Planeamos, sonhamos, viajamos para dimensões paralelas. Às vezes gostava de escrever num papel todos estes delírios - seria interessante ver mais tarde aquilo que a realidade conseguiu atingir.
O doce-amargo deste constante estado hipotético tornou-se um vício. A nossa casa, Londres e as grandes investigações. O Mugabe que se prepare, vamos limpar o mundo. Também vamos cozinhar coisas incríveis todos os dias, competimos como Master chef.
Vamos viajar, ui se vamos. Europa, América, Ásia, já começamos a juntar dinheiro. Até porque haverá uns casamentos pelo meio.
Nova Iorque também está nos planos para uma estadiazinha prolongada - quem sabe uma colabração com o New York Time, esse jornaleco.
Está tudo bem planeado, não é assim à toa. Tudo faz sentido, tudo é racional. Naquela racionalidade de: para ir à Lua vou-me inscrever para trabalhar na NASA e num ano chego lá. Não voamos até à Lua, isto não é para parvos, o que é que julgam?
Agora juntem-lhe umas cervejas fresquinhas, um pouco de músicas e várias cabecinhas sem pés a segurar ao chão.
Fica assim:



Tontos.
=,)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Óculos de sol

Eu para óculos de sol sou uma avozinha.
Ainda me lembro quando comprei os meus óculos de sol. Aqueles que usava antes (uns que a minha mãe já não queria!) estragaram-se e já era tempo de os tentar arranjar over and over again. Então um dia, numa ida às Amoreiras na hora de almoço com duas amigas, entrei numa loja de roupa dessas que também têm acessórios e pus-me a escolher. Acabei por trazer os meus adorados óculos roxos, mas não sem ter que ser convencida várias vezes. Sim, porque aquilo de comprar óculos coloridos era muito ousado. Ai e não há uns pretos? Mas a Vera agitou o indicador à minha frente e eu lá os comprei. Também eram só seis euros, se não gostasse, comprava outros. Mas foi amor. Até agora.
Perdi os meus óculos roxos. Perdi-os. Foi triste.
Recuperei e fui à Primark, decidida a comprar uns óculos fashion, sem medos desta vez. A loja tinha um mar de óculos de sol, giríssimos, loucos, grandes, coloridos, um paraíso. Experimentei, demorei uma eternidade. Finalmente comprei uns. Pretos, simples. Ainda estive para comprar uns malucos também - afinal custavam duas libras cada. Mas pareceu-me um desperdício (estúpida avozinha!).
No dia seguinte levei-os para as aulas, orgulhosa. Afinal, são bem giros, aposto que toda a gente vai achar muito fashion forward.
"Olha, os meus óculos novos!"
"Ah mostra" (...) "Giros. São parecidos aos outros".

Estilo é coisa que não corre nas minhas veias.

Para a comunidade jornalística

Muito interessante ler sobre o processo de escolha do Guardian para decidir qual candidato apoiar. Today, Guardian journalists meet to discuss what the leader line should be. Have your say and be heard too.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O clássico, dos clássicos, dos clássicos, dos clássicos das séries de TV



What do we do baby, without us, xalalaaaaaaaa!

(eu tava mais à procura do genérico, mas coincidencia das coincidencias este episódio é sobre jornalismo hahaha juro que foi ao acaso)

terça-feira, 20 de abril de 2010

P.S.

Peço desculpa pelo post à Pipoca. É muito tarde e não consigo dormir. Estou a matutar em inutilidades. Também acontece.

Aindan VS Big

Agora que o novo filme Sexo e a Cidade vai estrear, com o regresso do Aidan, a blogosfera anda ao rubro. Seguem-se discussões sobre qual dos "estilos de homem" é melhor, e a coisa fica tão esterotipada que... arg... rolar de olhos.
Não tenho paciência para o discurso cliché sobre "o desafio", como os Bigs é que são homens a sério e o giro é sofrer porque a emoção vem toda daí. O fervor vem todo daí.
Que tanga. Sempre preferi o Aidan, na série e na vida. O amor não tem que ser difícil para ser bom - acho isso tão adolescente como o Crepúsculo. O amor é difícil por vezes sim, mas quanto menos melhor. Isso não o faz aborrecido - se faz, é o outro problema.
Para sofrer já chegam muitas coisas na vida que não podemos controlar. Era só o que faltava aturar homens com complexo de Deus, tipo Big. Indecisos, caprichosos, mimados. "Ah e tal, mas dão-te a volta à cabeça e sentes coisas que nunca sentiste". A sério? Não duvido. Mas prefiro "sentir coisas que nunca senti" com alguém que me respeita e com quem posso contar. Com todos os benefícios incluídos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Isto é a minha infância

Vamos lá a saber

Aquelas bolinhas de queijo mozzarella, para quantas refeições vos duram?

domingo, 18 de abril de 2010

Mitra

Tenho que escrever um email para uma pessoa chamada Mitra e não estou a conseguir fazê-lo com seriedade. "Hi Mitra" parece-me o início de uma música de hip-hop. Só naquela.

Saltámos a Primavera

Estão cerca de 15/ 16 graus. Estou no jardim com o PC. Porquê? De manhã fui ao supermercado e percebi: é Verão. Não me cruzei com uma única pessoa de calças. Calções e chinelos são o uniforme.
Pareceu-me que não podia ficar a trabalhar em casa - já diz o ditado "Em Roma, sê romano"

Vergonhoso

"O director do "i", Martim Avillez Figueiredo, entregou hoje uma carta ao presidente do grupo Lena, em que pede explicações sobre o corte de custos. Na sequência dessa carta, a administração decidiu demiti-lo.

No documento a que o Negócios teve acesso, Avillez Figueiredo - que anunciou hoje que vai deixar de ser director do projecto - , refere: “fui defraudado, a minha dignidade profissional foi defraudada: sinto que defraudei quase cem pessoas que acreditaram em mim, no projecto que patrocinei e no qual verdadeiramente empenhei o meu nome”.

Esta afirmação surge depois de Avillez Figueiredo ter sustentado ter sido “aliciado para esse projecto pelas enormes expectativas que lhe foram criadas” pelo presidente do grupo Lena, António Barroca.

O ex-director do “i” escreve que, na altura, lhe foi transmitida a ideia de que “que o grupo Lena teria a capacidade, a vontade de investir e determinação para – sem vacilar e com constância” implementar uma marca com presença em diversos suportes, do papel ao online, da rádio e à TV”.

Um mail enviado por Francisco Santos, administrador da Sojormedia, à direcção editorial refere um conjunto de metas de redução de custos, que, na sua opinião, “são vitais para a sobrevivência do ´i´ no quadro da fortíssima (quase total) dependência do seu accionista, grupo Lena, acompanhada de uma fraquíssima capacidade de gerar receitas”.

O plano cortes inclui a “redução de despesas de com colaborações a recibo verde ou facturas de empresas, por forma a que esta rubrica não ultrapasse os 30 mil euros mensais”.

A reorganização da redacção é outra das medidas propostas, sendo o objectivo cortar custos em 30 mil euros por mês. O administrador defende ainda cortes nos custos com gráfica (10%), nos serviços de agências noticiosas (20%) e na revista semanal (40%)."

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=420193

Filipe Pacheco, in Jornal de Negócios

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dava um rim para ir a Glastonbury...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Em exclusivo para o Ponto do i

Cardiff mourns Polish tragedy

by i

Saturday morning the phone ranged for Eliza and Marta in Cardiff, as it probably did for many Polish around the world. The news were not good. They were in fact shocking, so shocking that both women still cannot believe that the Polish President, Lech Kaczynski, his wife and nearly half of the political body of Poland really died in a sinister plain crash.

“I was in bed, it was Saturday morning and I got a text message from my brother-in-law from Poland saying what it just happened. I didn’t know if it was true or not so I just sat in front of the television the rest of the day”, explained to The Welsh Compass Eliza Jodlonska. Eliza runs a shop with Polish products in Cardiff, and was, at the moment we found her, watching the arrival of the bodies and formal ceremonies on TV. She has been watching live coverage of Polish TV non-stop since the crash. The funeral marches are the soundtrack of our whole interview.

“I felt terrible, it was a big shock. I tried to put everything in my head… they kept on telling in the television, but to be honest with you, even when you look to the TV and you hear everything, you are not… the information comes to you but you’re not feeling that it really happened”, said Eliza, still looking at the images on the screen.

On Saturday the Polish church in Cardiff, St Patrick church, opened for a special service, allowing people to pray, place flowers and light candles. Eliza was there, together with many members of the Polish community. On Sunday she went again. With more time to organize itself, the church held a ceremony that included Polish musicians who came from other cities. “It was very patriotic, very important for us”, explained Eliza.

If she was in Poland, Eliza would “definitely” be participating in the ceremonies. “There are people coming to the churches, praying, lighting candles everywhere. I would do the same.”

Marta Migdalek agrees. “I would probably attend his funeral in Warsaw, masses in church or would light up candles in the streets to pay tribute to the victims”. The 24 year-old also attented to the ceremonies in St Patrick’s church.

This Polish journalism student from Cardiff University was not a fan of President Kaczynski: “I didn't support his presidency, I think he did a lot of harm on both international and national arenas since he'd got to power.” But she recognizes his importance in Polish history. “Nevertheless, he was a part of Solidarity Movement, one of the many who fought against the communist regime. He is a historic and political icon. He stood up for Poland. Thanks to him our country is free.
He deserves respect.”

Despite the “total shock”, Marta has confidence and intends to vote for the temporary President Bronislaw Komorowski, who is expect to run for the permanent position.

The family who owns Ziomek, a small Polish shop on City Road, had a good opinion about President Kaczynski. In her twenties, the daugther of this family living in Cardiff for three years, who did not want to be identified, was unconfortable talking about the crash. “It was a great shock, I can’t talk about it”, she said, stumbling on the words. “I think maybe in a couple of weeks we can start taking about it, for now it’s just too much. We know it’s true but we still can’t believe it”, she continued.

When asked about the President, she became emotional. “He cared about Poland and the Polish people”, said the young blond girl, putting her hand over her heart and looking away with teary eyes.


The Katyn curse

For many, the fact that the Tupulov Tu-154 plane crashed on its way to Katyn, where the President was going to commemorate the 70th aniversary of the massacre of Polish officers by Russian secret police, is somewhat the return of a curse. Marta felt she understood history in a much vivid way now: “The tragedy gave us a hint of what had happened in Katyn 70 years ago. Top heads of the state were wiped off in Katyn - and many people, especially from my generation, could not get a grasp of the extent of the massacre. Now it has become a part of our lives and made us understand the scale of tragedy.”

Like Eliza, Marta has been watching Polish TV constantly. She remembers what she felt when she got the news: “I was asleep when my father called me in the morning. My father asked me in shattered voice if I'd heard what happened. My initial thought was that something happened to my mum because he was all in tears.”

She too, found it hard to process. “I couldn't believe it. I called my friend who works as a journalist at a Polish national TV station to find out what he thought and get some more information. He was speechless, he couldn't say a word.”

”I was down for the next two days. It was one of those things that you can't process in your mind for a long time because they are so harsh. So, so difficult”.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O brilhantismo dos outros (na minha área) deixa-me sempre o ego despedaçado.
...é feio, já sei...
Um professor emprestou-me um livro chamado "Civil Resistance and Power Politics". A ideia era ler apenas um capítulo, com cerca de 10 páginas, relacionado com o tema de um trabalho que estou a fazer. Como tenho que devolver o livro amanhã, estava óptimo. Acabando o dito capítulo, sobre o Irão, ocorreu-me ver o índice, na vaga esperança que Portugal estivesse incluído entre estes países onde desobediência civil originou uma revolução bem sucedida, sem uso de violência. E não é que estava! Resisti à lê-lo, pois a lista de coisas para fazer hoje é longa e na verdade é uma história que já conheço, mas ainda passei os olhos pelas primeiras páginas. Nunca deixa de ser fascinante ver a nossa história contada em inglês, para "leigos" da realidade portuguesa.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Não é todos os dias que se diz...

"Então e como está a ser trabalhar na Playboy?"

domingo, 11 de abril de 2010

Damn it

Quando uma pessoa pensa que já está super àvontade com o inglês, recebe um mail que diz "I read your mail for 3 times but I couldn't understand what do you want to know.. "

...que deprimente...

Pronto, já percebi que vim na altura errada...

"For a decade and a half Britain enjoyed solid growth. The City of London was the world's biggest international finance centre. Jobs grew on trees. Heavy spending on public services pulled up their quality a fair bit. Most Britons grew more tolerant of diversity (or maybe more indifferent to it). And there was a certain swagger on the world stage. Mr Brown, chancellor of the exchequer for ten years, preached the virtues of Anglo-Saxon capitalism to benighted folk in other lands. As prime minister, Tony Blair intervened militarily hither and yon.
So the shock was considerable when, in 2008, Britain slid into its worst recession since the 1930s, taking longer than other big countries to crawl out. Banks needed handouts. Factories closed. Now prospects for growth are wan and the budget deficit eye-wateringly large. Spending will be cut back and taxes are already rising. People are frightened about their economic future, and their children’s."

The Economist

sábado, 10 de abril de 2010

Perspectivas

A notícia da morte de metade do corpo político da Polónia, incluindo o Presidente, tem todo um outro significado quando se tem amigos polacos. A notícia talvez não tenha muito impacto em Portugal, mas a mim chocou-me. E não soube bem o que dizer quando quis dizer algo simpático à minha amiga.
Porque não sou qualificada para testemunhos, aqui fica um bocadinho do que ela me disse:
"Despite political differences, honestly all of the people who died fought for our freedom in the 80's. They made what we've got today. It's just unbelieveable loss. Iconic historical figures, intelligence, top army officials, bishops, politicians, even economists who ran the country are gone".

Best of luck*

La Isla Presidencial

De acompanhar no brilhante site de sátira política venezuelano El Chingüire Bipolar

Quando me preparo para regressar com um ritmo duplamente de loucos, chego à conclusão que, apesar dos muitos quilos a mais, apetece-me ir à praia. Não é muito costume, mas tem-me apetecido.
Felizmente este sinal do meu relógio biológico a dizer "pronto, agora já chega de Inverno" vem acompanhado de um sol radiante que chegou a Cardiff. Não está propriamente tempo de praia, mas já rondam os 14 graus ;)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Leituras

Enquanto me preparo para escrever um artigo sobre Unarmed Insurrections, usando o caso do Irão, encontro coisas interessantes:

"There are reasons people do not participate in nonviolent civil disobedience. One is apathy. People can only see the costs of resisting instead of the costs that resisters can impose. Many feel that one person cannot make a change in what is seen as a huge government. Some Americans have similar feelings about voting in a democratic process. If they feel their candidate does not have a chance of winning then they will stay home instead of voting. They fail to realize that individual votes tabulate into something that is bigger than the individual. Participants must understand that individual efforts do not undermine the government but collective action does."

MAJOR John T. Selman Jr., School of Advanced Military Studies
United States Army Command and General Staff College
Fort Leavenworth, Kansas

Chocolate - The Bitter Truth

Quando for grande quero fazer isto.

P.S. O vídeo já só está disponível por três dias. É ver já!
As coisas chocantes que há na Internet.

A bolha

Há uma razão muito básica pela qual gosto de aqui estar. Uma razão cobarde, sim, mas nem por isso menos legítima. É a paz. De alma. São os dias stressantes mas que são feitos de um stress diferente, que eu consigo lidar. O regresso está ensombrado por mil problemas. A vida real é azeda. E aqui não. Aqui estou em paz. Respiro bem. E gostava que fosse assim a vida real.