Encontro-me oficialmente em busca de emprego. Aqui, em Portugal ou no Quirguistão.
Empregadores do mundo, cheguem-se à frente!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
HAHAHAHA! Os defensores da pátria!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Tudo a responder!
Em plena produçao da tese, venho pedir a vossa ajuda. O projecto, como ja devo ter referido, é sobre a contribuiçao da sátira para o envolvimento das pessoas com a política. Portugal é um dos meus quatro study cases (junto com a Rússia, Reino Unido e Venezuela). Se puderem responder a um questionário sobre o assunto, ajudava-me muito. Não demora mais de 2 minutos!
http://www.kwiksurveys.com/?s=KMEHKK_54febd55
Obrigada :)
http://www.kwiksurveys.com/?s=KMEHKK_54febd55
Obrigada :)
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
This cheers me up
So no one told you life was gonna be this way
Your job's a joke, you're broke, your love life's D.O.A.
It's like you're always stuck in second gear
When it hasn't been your day, your week, your month, or even
your year, but
{Chorus}
I'll be there for you
When the rain starts to pour
I'll be there for you
Like I've been there before
I'll be there for you
'Cause you're there for me too
You're still in bed at ten and work began at eight
You've burned your breakfast so far, things are going great
Your mama warned you there'd be days like these
But she didn't tell you when the world has brought you down to your knees, and
{Chorus}
No one could ever know me
No one could ever see me
Since you're the only one who knows what it's like to be me
Someone to face the day with
Make it through all the best with
Someone who always laughs at
Even when I'm at my worst, I'm best with you
Yeah!
{Chorus}
I'll be there for you
I'll be there for you
I'll be there for you
'Cause you're there for me too
Quero mais aulas
Quero mais aulas, mais sono de manhã, mais prazos impossíveis de entrega de trabalhos. Mais filas para o telefone, mais discussões no techincal office, mais escassez de comida no bar. Quero mais chineses e mais indianos, quero mais cabeça latejante ao fim do dia.
Porque agora já não fazemos parte de um conjunto, já não stressamos com a preguiça dos outros, somos sós. E eu vagueio por esta casa grande (sim, grande), dia sim, dia não ponho o pé de fora para qualquer coisa próxima. Já não encontro ninguém na rua por acaso, já não corro para lado nenhum, já não vou a pubs ver jogos de rugby. Já não nada.
A cidade fervilhante é agora um banho de emersão com música clássica. Voltem noites agitadas, voltem aulas com discussões acesas. Voltem notícias em cima da mesa. Tudo de volta, please.
Porque agora já não fazemos parte de um conjunto, já não stressamos com a preguiça dos outros, somos sós. E eu vagueio por esta casa grande (sim, grande), dia sim, dia não ponho o pé de fora para qualquer coisa próxima. Já não encontro ninguém na rua por acaso, já não corro para lado nenhum, já não vou a pubs ver jogos de rugby. Já não nada.
A cidade fervilhante é agora um banho de emersão com música clássica. Voltem noites agitadas, voltem aulas com discussões acesas. Voltem notícias em cima da mesa. Tudo de volta, please.
domingo, 20 de junho de 2010
A tábua que range
Todos os dias acordo cedo demais, com a luz brilhante que entra pela janela. E rolo na cama sem coragem de me levantar, com sono demais para ser coerente. São esses os piores momentos do meu dia, numa dormência demente, feita de réstias de sonhos que não quero ter e lembranças da realidade. Mistura explosiva. E eu agarro-me à almofada e sinto-me uma verdadeira papa. Carne ali deitada. Os ossos derreteram e os músculos doem, a cabeça meio em febre, o peito sente aquelas picadinhas.
E de repente há uma tábua vinda do andar de cima que range. Segundos depois pés nos degraus, toc toc toc por ali abaixo. E eu percebo que o mundo não pára e agradeço aos céus a companhia.
Pois quando a tábua range o dia começa. Eu sento-me na cama, esfrego os olhos, ajeito o cabelo e saio do quarto. "Bom dia" e uma caneca de café. Bom dia. Obrigada :)
E de repente há uma tábua vinda do andar de cima que range. Segundos depois pés nos degraus, toc toc toc por ali abaixo. E eu percebo que o mundo não pára e agradeço aos céus a companhia.
Pois quando a tábua range o dia começa. Eu sento-me na cama, esfrego os olhos, ajeito o cabelo e saio do quarto. "Bom dia" e uma caneca de café. Bom dia. Obrigada :)
Nunca parto inteiramente,
Não me dou à despedida
As águas vão simplesmente
Presas à sua nascente
É do seu modo de vida
Fica sempre qualquer coisa
Qualquer coisa por fazer
Às vezes quase lamento
Mas são coisas que eu invento
Com medo de te perder
Deixei um livro marcado
E um vaso de alecrim
Abri o meu cortinado
Fiz a cama de lavado
Para te lembrares de mim
Nunca parto inteiramente
Vivo de duas vontades:
Uma que vai na corrente,
A outra presa à nascente
Fica para ter saudades
Não me dou à despedida
As águas vão simplesmente
Presas à sua nascente
É do seu modo de vida
Fica sempre qualquer coisa
Qualquer coisa por fazer
Às vezes quase lamento
Mas são coisas que eu invento
Com medo de te perder
Deixei um livro marcado
E um vaso de alecrim
Abri o meu cortinado
Fiz a cama de lavado
Para te lembrares de mim
Nunca parto inteiramente
Vivo de duas vontades:
Uma que vai na corrente,
A outra presa à nascente
Fica para ter saudades
Manuel Cruz
A grande pergunta
Bem lembrado pelo emot: será que Saramago viu Deus? Ele ateu convicto, o que será que viu quando fechou os olhos?... será que nada? Ou mudou de ideias depois da morte? A pergunta parece ter muito mais sentido aplicada a ele do que a qualquer outra pessoa.
Por isso deixem-me em paz
"O verdadeiro patriota é aquele que critica o seu país e não o que trata de ocultar os seus defeitos, porque quer que esse defeitos sejam corrigidos"
Mariano José de Larra (escritor espanhol)
sábado, 19 de junho de 2010
Descobrimos
A casa é a subir e a descer porque foi desenhada por Gaudí.
E assim se torna um defeito numa obra de arte.
E assim se torna um defeito numa obra de arte.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
P.S.
"A morte fez um gesto impaciente, sacudiu secamente do ombro a mão fraternal que ali tínhamos pousado e levantou-se da cadeira. Agora parecia mais alta, com mais corpo, uma senhora morte como se quer, capaz de fazer tremer o chão debaixo dos pés, com a mortalha a arrastar levantando fumo a cada passo. A morte está zangada. É a altura de lhe deitarmos a língua de fora."
José Saramago in As Intermitências da Morte
Os sapatos
Hoje palmilhei a cidade com aqueles sapatos azuis. E quando voltei lá estava aquela dorzinha entre o dedo grande e o do lado, um pouco mais para trás. Sabes onde é.
Acho que foi a primeira vez que uma dor nos pés me trouxe memórias românticas. Não devia estar espantada, tu já dizias que eu levava sempre os sapatos errados: abertos quando chovia, duros quando era preciso andar - quem disse que só os saltos aleijam?
Pois hoje olhei para os meus sapatos baratos, azuis, tão verão, aquela doriznha e eu a dizer "mas eles são tão confortáveis!" - e são, eu é que tenho pés de princesa. E lembrei-me das ruas de Madrid, escaldante, longa. Os três museus em quatro dias, esse banho de arte que levámos e os respectivos jardins onde nos sentámos a tratar das bolhas - estavas pior que eu, levaste sapatos novos, erro de amador.
Esses dias em que vivemos na rua, ao sol de meio dia, para evitar aquele quartinho sem janelas onde mal cabíamos. Madrid ainda está imaculada nas memórias, ainda não tem manchas feias, como muito do que veio depois. Madrid só tem dores de pés, e essas dores até sabem bem.
Mas a verdade é que os meus sapatos azuis já têm a sola a descolar - e eu já a colei em casa uma vez - e por mais que goste deles, que assentam tão bem no meu pé bronzeado, que ficam tão bem com a roupa, a verdade é que os meus queridos sapatinhos precisam de descanso e já não resistem a grandes andanças. Trouxe-os comigo de Portugal porque sou assim, sentimental, mas agora guardei-os no armário e é aí que têm que ficar.
Acho que foi a primeira vez que uma dor nos pés me trouxe memórias românticas. Não devia estar espantada, tu já dizias que eu levava sempre os sapatos errados: abertos quando chovia, duros quando era preciso andar - quem disse que só os saltos aleijam?
Pois hoje olhei para os meus sapatos baratos, azuis, tão verão, aquela doriznha e eu a dizer "mas eles são tão confortáveis!" - e são, eu é que tenho pés de princesa. E lembrei-me das ruas de Madrid, escaldante, longa. Os três museus em quatro dias, esse banho de arte que levámos e os respectivos jardins onde nos sentámos a tratar das bolhas - estavas pior que eu, levaste sapatos novos, erro de amador.
Esses dias em que vivemos na rua, ao sol de meio dia, para evitar aquele quartinho sem janelas onde mal cabíamos. Madrid ainda está imaculada nas memórias, ainda não tem manchas feias, como muito do que veio depois. Madrid só tem dores de pés, e essas dores até sabem bem.
Mas a verdade é que os meus sapatos azuis já têm a sola a descolar - e eu já a colei em casa uma vez - e por mais que goste deles, que assentam tão bem no meu pé bronzeado, que ficam tão bem com a roupa, a verdade é que os meus queridos sapatinhos precisam de descanso e já não resistem a grandes andanças. Trouxe-os comigo de Portugal porque sou assim, sentimental, mas agora guardei-os no armário e é aí que têm que ficar.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Depois de uns dias intensos em Portugal é tempo de voltar. Desta vez com a certeza que tenho que trabalhar a sério. Chega de ronha, chega de empate. Não há nada como pôr a cabeça a funcionar, os dedos a mexer para nos sentirmos úteis.
Em Setembro vêm notícias, façam figas por mim. Seja o que for, que seja bom. Eu mereço.
Em Setembro vêm notícias, façam figas por mim. Seja o que for, que seja bom. Eu mereço.
"Se me deixassem descrever o mundo em palavras, não pensava duas vezes"
Num elogio rasgado à Sofia, deixo aqui um link para um post que me dá esperança: não estamos sozinhos nisto (na teimosia?). Aproveito para publicitar um óptimo blog para quem, como eu, lê crónicas como se fossem doces.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Nas notícias
Portugueses cortam na alimentação e medicamentos, mas mantêm gastos de telemóvel, internet e tv cabo. Há qualquer coisa estranha aqui.
Inspiração
Passo a vida a mudar de opinião no que mais gosto no jornalismo. Gosto muito do sentido de serviço público, de contribuição. Sim. Mas e as conversas? Os milhares de pessoas interessantes com quem nunca falaríamos. Uma boa entrevista é impagável: os pontos de vista, o conhecimento, o mundo por outro ângulo.
E depois de hoje voltei para casa a matutar em projectos mais arrojados.
Matutar é a expressão.
E depois de hoje voltei para casa a matutar em projectos mais arrojados.
Matutar é a expressão.
sábado, 12 de junho de 2010
Dos amigos
À medida que o tempo passa percebemos que não temos um grupo enorme de amigos, mas talvez uma mão cheia. E isso chega, se forem dos bons. E isto é para dizer aos meus escassos mas preciosos amigos que não há dinheiro no mundo que pague os vossos telefonemas, as vossas mensagens, os vossos convites, as vossas conversas engraçadas.
O dia, infelizmente, tem demasiadas horas para poderem todas ser ocupadas. Eu tento, prometi que sim. Mas há horas em que os pensamentos mais escuros atacam, o coração fica um bolo desfeito e a cabeça um imenso nó de dúvidas. Mas eu sou bem comportada: abafo tudo com um canal acéfalo de televisão qualquer e espero pelo dia seguinte, pelas vossas mensagens, pelos vossos telefonemas. Pelas horas em que rio com sinceridade, em que me esqueço.
Ao sushi, aos concertos, às chamadas internacionais, aos convites para a praia em dias duvidosos, mil obrigados. Quatrocentos mil obrigados.
Venham febras e sardinhas hoje e abraços apertados-mata-saudades.
O dia, infelizmente, tem demasiadas horas para poderem todas ser ocupadas. Eu tento, prometi que sim. Mas há horas em que os pensamentos mais escuros atacam, o coração fica um bolo desfeito e a cabeça um imenso nó de dúvidas. Mas eu sou bem comportada: abafo tudo com um canal acéfalo de televisão qualquer e espero pelo dia seguinte, pelas vossas mensagens, pelos vossos telefonemas. Pelas horas em que rio com sinceridade, em que me esqueço.
Ao sushi, aos concertos, às chamadas internacionais, aos convites para a praia em dias duvidosos, mil obrigados. Quatrocentos mil obrigados.
Venham febras e sardinhas hoje e abraços apertados-mata-saudades.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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