No outro dia o meu pai disse que eu era uma pessoa desassossegada. Acha que sou uma alma insatisfeita, independente e que se desgasta sempre em busca de qualquer coisa que nunca é o que tenho na mão.
Nunca pensei em mim própria como uma pessoa desassossegada, apesar de achar que sim, é capaz de ser verdade.
Seguiu-se uma longa conversa sobre as pessoas que nascem com um sossego interior, que são felizes onde estão e com aquilo que constroem, e as outras. Era eu, portanto.
Não percebi bem se esta característica me foi atribuída como elogio ou não. O desassossego sempre fez as pessoas infelizes, pensei. Mas também lhes deu o impulso para criar vidas mais cheias, mais felizes, mais coloridas.
Por outro lado... o desassossego, esse que parece que tenho, não garante aventuras, não garante riscos, não garante idas sem voltas marcadas. Só garante uma vontade enorme que assim seja.
2 comentários:
ainda ontem me disseram isso. e não consigo mudar.
é como uma taquicárdia mental que ataca de vez em quando...
mas entretanto aprende-se a viver com isso, umas vezes ignorando outras aproveitanto (que também há vantagens em ser desassossegado, embora sejam mais as desvantagens).
Enviar um comentário