sexta-feira, 23 de abril de 2010

Óculos de sol

Eu para óculos de sol sou uma avozinha.
Ainda me lembro quando comprei os meus óculos de sol. Aqueles que usava antes (uns que a minha mãe já não queria!) estragaram-se e já era tempo de os tentar arranjar over and over again. Então um dia, numa ida às Amoreiras na hora de almoço com duas amigas, entrei numa loja de roupa dessas que também têm acessórios e pus-me a escolher. Acabei por trazer os meus adorados óculos roxos, mas não sem ter que ser convencida várias vezes. Sim, porque aquilo de comprar óculos coloridos era muito ousado. Ai e não há uns pretos? Mas a Vera agitou o indicador à minha frente e eu lá os comprei. Também eram só seis euros, se não gostasse, comprava outros. Mas foi amor. Até agora.
Perdi os meus óculos roxos. Perdi-os. Foi triste.
Recuperei e fui à Primark, decidida a comprar uns óculos fashion, sem medos desta vez. A loja tinha um mar de óculos de sol, giríssimos, loucos, grandes, coloridos, um paraíso. Experimentei, demorei uma eternidade. Finalmente comprei uns. Pretos, simples. Ainda estive para comprar uns malucos também - afinal custavam duas libras cada. Mas pareceu-me um desperdício (estúpida avozinha!).
No dia seguinte levei-os para as aulas, orgulhosa. Afinal, são bem giros, aposto que toda a gente vai achar muito fashion forward.
"Olha, os meus óculos novos!"
"Ah mostra" (...) "Giros. São parecidos aos outros".

Estilo é coisa que não corre nas minhas veias.

1 comentário:

David disse...

Para a próxima talvez tenhasd de usar daqueles que têm armações vermelho garrido e brilhantes dos lados, assim talvez consigas fazer com que as pessoas achem que são diferentes