terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Isto sim, são sapatos


Manhãs

Eu nem sou dos que acha que o dia devia começar depois do almoço. Gosto de usar a manhã. Mas ninguém deveria ter que acordar antes das 9h, isso é um facto. São direitos humanos. Tenho que citar o Bruno Nogueira:
"Acordei às sete da manhã.
Não existe sentido no mundo às sete da manhã.
Se existe, ninguém me conseguiu explicar.
Milhares de pessoas a dormirem dentro do carro, de olhos abertos e a respirarem pela boca.
Palavra."

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Porque eu quero mesmo, mesmo ir à China

http://www.guardian.co.uk/travel/video/2010/feb/19/chinese-street-food-in-beijing

Não dá para pôr aqui directamente mas abram o link! Vale a pena!
E depois de um post tão sério e reivindicativo, outro com menos dignidade.

"I, What is 'bunda'?"

Brasíu

Ontem houve uma Brasilian party. Disse logo que não ia, isso é uma foleirada, só música de "txira o pé do chão galera" e eu tenho mais que fazer. Mas depois, está bem. Se TODA a gente vai, pronto, eu vou, mas contrariada.

A festa foi um sucesso. Não havia caipirinhas e isso não perdoo. As cervejas eram caras. Mas tivemos aulas de samba - um dos momentos mais divertidos dos últimos tempos. E um show de capoeira e meninas com os fatinhos tal qual no sambódromo. E eu entrei no espírito - e até os meus desajeitados passinhos foram elogiados.

A certo ponto fiquei ali a pensar como Portugal tem um desmesurado preconceito com o Brasil. É rídiculo. Para os meus colegas, que ali rodopiavam ao som da "Batucada" (nome da festa), o Brasil é um local exótico, doce, colorido, onde as pessoas falam uma língua melodiosa, são afáveis e bonitas. Onde todos gostavam um dia de ir morar.

Para o português nada disto é verdade. As mulher são fáceis, as pessoas desonestas e a língua portuguesa é assassinada.

Nós que temos um acesso priviligiado ao Brasil, uma língua comum, um passado, não sabemos usufruir disso. Séculos depois, o Brasil ainda é o filho que, apesar de bonitinho, nunca dará certo na vida. Patético.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Porque tenho umas saudades de morte de Lisboa

Lisboa tem o Camões
Pessoa sentado a fumar
Lagartos e Lampiões
Na 2ª Circular

Tem a ginjinha ao balcão
A Sé para nos guardar
E só para a confusão
peixinhos da horta e do mar

Lisboa que é minha terra
Tem um banco de jardim
E o Tejo correu de desejo
Contigo juntinho de mim

Tem noites de céu estrelado
Domingos de sol em Belém
Santo António é feriado
Eu caso contigo meu bem

Em Abril foi bem achado
Fizeram feriado também
Passear de braço dado
Vem cá meu amor
vem, vem ,vem, vem

Tem gente de todo o lado
Gente que traz, dá e leva
Um negrinho que gosta de fado
Pintou na parede "Saudade 4 ever"

Lisboa que é minha terra
Tem um banco de jardim
E o Tejo correu de desejo
Contigo juntinho de mim

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Wales vs Scotland - Dia de jogo em Cardiff


Credits: i & Davide Ghilotti

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Em Cardiff...

... passam a música dos Friends nas discos (plo menos numa). Querem melhor que isto?


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nunca percebi exactamente porquê mas ninguém gosta dos franceses.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Francesco

Conheci o Francesco há cerca de três anos (mais?) e nunca mais me esqueci dele. Eu estava em Erasmus, ele vivia em Haia, e pouco tempo depois de eu ter chegado (um mês, dois?) ele foi-se embora para a Aústria, fazer o seu mestrado em Peacekeeping. O Francesco é daquelas pessoas de quem nunca nos esquecemos. Pela simpátia, pela naturalidade e por aquele ingrediente indefinido que torna as pessoas especiais.
Já nem sei dizer quantas línguas falava o Francesco nessa altura (incluindo um português decente), mas tenho a certeza que agora fala muitas mais.
A última vez que o vi , na noite anterior à sua mudança para a Aústria, perguntei-lhe o que estava ele ali a fazer. Estávamos numa festa qualquer, num bar/disco, ele conhecia-nos há tão pouco tempo. Ia mudar de país na manhã seguinte. Ele disse-me "Ora, ficar em casa para quê? Nunca sabemos quando vamos fazer um amigo para a vida".
Desde esse dia fui recebendo novidades através de uma espécie de mailing list, onde ele escrevia de vez em quando. Percebi que começou a trabalhar para a ONU e viveu já em vários países do chamado "terceiro mundo". Hoje dei conta que o Francesco está na Suíça, não percebi bem a fazer o quê, mas fiquei com a impressão que está a estudar.
Pessoas como o Francesco inspiram-me. São pessoas como ele que me fizeram vir até aqui - se eles conseguem, porque não posso eu tentar?
Há três anos que não falo com o Francesco, mas nunca me esqueço dele. Espero que ele continue a fazer o que gosta por muito, muito tempo. O mundo agradece.

Tanya Gold, again

"I have never understood why hanging a gaggle of loved ones off a politician seems to confirm his masculinity, or goodness, or competence, but perhaps Cameron knows the electorate better than I do"

Excelente crónica. Ler, ler, ler.

Podemos voltar a respirar de alívio

O Brad Pitt e a Angelina Jolie não se separaran. Uffa!
A gente ri-se do sketch dos Contemporâneos quando o Nuno Lopes diz "vai mas é trabalhar, fazer algo de útil pla sociedade", mas a verdade é que existe um aterrorizador número de pessoas a dizer isto na realidade. E muitas delas têm acesso à internet.

Não estou em Portugal, mas se estivesse ia à manif

Todos pela Liberdade | 11 Fev | 13h30 | Frente à A.R.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dead Poets Society

Porque hoje me mandaram aquele esgarzinho de desprezo quando disse que o Clube dos Poetas Mortos era o meu filme preferido. E porque este filme tem tantas coisas maravilhosas, a tantos níveis, aqui vai uma das minhas cenas preferidas




You push it, stretch it
It'll never be enough
You kick at it, beat it
It'll never cover any of us

From the moment we enter crying
to the moment we leave dying,
it will just cover your face
as you wail and cry and scream.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Desesperada?

O que se chama a uma pessoa que está até às 21h30 de domingo na universidade?

E agora, um momento de publicidade

Música fresquinha aqui.

Hoje lembrei-me dos Jogos sem Fronteiras

Ser British é...

... ver o sol lá fora, verificar que estão 8 graus e vestir uma camisola fininha e um casaco de nada. E concluir que toda a gente fez o mesmo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

As últimas notícias vindas de Portugal deixam-me de tal forma envergonhada que nem fui capaz de as comentar com ninguém.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Behold - The Welsh Compass is here

Versao completa, coming soon...

Herald vs Compass - round I

Ele senta-se sempre do meu lado esquerdo, e eu acho mesmo que é um political statement.
Ele é uma espécide de evil twin deste lado direito a cadeira e esta semana passou mesmo para o outro lado da barricada.
Segunda-feira apertámos as mãos e dissemos "may the best win". Mas não seríamos nós se em seguida não deitássemos a língua de fora, fizessemos cara de criança mal comportada e dissessemos "bom, toda a gente sabe que o melhor sou eu".
A cadeira do lado esquerdo continuou ocupada, mas a minha cabeça esteve muito menos atenta àquelas coisas de sempre: as expressões "oh so british" daquela professora, o quadro mágico-interactivo, o novo colega chamado "estocolmo". Enfim. Eu estava demasiado preocupada a pensar "naquilo" - no que não lhe podia dizer porque agora ele era o inimigo.
Ele, que se irrita demasiado com as pessoas, que perde a paciência, que sabe enviar um olhar mortífero. Ele lutava agora aquela guerra contra mim. E todos sabem que guerras, é com ele.
Quando a primeira batalha terminou, finalmente, olhei em volta e vi-o, um espelho de mim. Cansado, despenteado, com um sorriso daqueles. Empatámos e isso (não contem a ninguém) deixa-me mesmo feliz.
Ontem comparámos feridas. Que nem soldados regressados, cheios de traumas e doenças psicológicas. Fizemos terapia. Falámos, falámos, falámos. Do bom, do mau, do bizarro. Tivemos uma bela e compreensiva audiência, composta pelos nossos soldados e até civis. Brindaram a nós, brindámos a eles.
Agora estamos em tréguas. Pusemos as armas de volta na gaveta, tirámos o lencinho da paz. Pelo menos até segunda-feira.

Sou mãe

Ontem nasceu o meu filho.
A gravidez não foi longa, mas fui a todos os médicos, segui a dieta, imaginei-lhe as feições durante a espera. Suspirei por ele. Preocupei-me.
O parto foi tal qual nos filmes. Toda a gente corria à minha volta e a certa altura começaram a gritar "push, push!". Eu gritava também, de angústia e de emoção. Os médicos e as enfermeiras todos falavam uns por cima dos outros e pegavam em instrumentos cada vez mais díspares. Uns pareciam preocupados, outros mais confiantes diziam "you can do this".
E finalmente quando nasceu, quando o meu filho viu a luz, todos bateram palmas. Uns gritaram - eu certamente gritei. Muitos pularam - mesmo sem forças, eu claro, pulei. E todos batemos palmas. Eu sorri como se o meu filho - pequenino e um tanto defeituoso - fosse a coisa mais maravilhosa de sempre.
No fim abraçamo-nos e tirámos uma foto. Foi mesmo, mesmo como nos filmes.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Estou sem meias

Há cinco dias que digo que tenho que ir ao supermercado. Hoje ao pequeno almoço comi um iogurte fora de prazo, por falta de alternativa. Há três dias que digo que tenho que lavar a roupa. Estou a ficar sem meias e já uso aquelas de verão que deixam o tornozelo de fora.

Hoje saí da faculdade às 22h.

SOS
Não acredito...

Costumo ler as crónicas do Mário Crespo no JN. Muitas vezes pensei que não lhe iam permitir aquela frontalidade por muito mais tempo, sendo o Sócrates um gajo tão democrático...
Eu própria discordo por vezes do estilo de Mário Crespo, mas nunca em crónicas.
Aqui fica uma das últimas:


O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Uffa

i - The world seems like a nice place again, after almost loosing my beloved computer...uffa!
Yi Lynn Chan - What's uffa?
Yi Lynn Chan - Is it something portuguese? :P

Música da semana



When I wake up yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who wakes up next to you
When I go out yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who goes along with you

If I get drunk yes I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who gets drunk next to you
And if I haver yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's havering to you

But I would walk 500 miles
And I would walk 500 more
Just to be the man who walked 1000 miles
To fall down at your door

When I'm working yes I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's working hard for you
And when the money comes in for the work I'll do
I'll pass almost every penny on to you

When I come home yeah I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who comes back home to you
And if I grow old well I know I'm gonna be
I'm gonna be the man who's growing old with you

But I would walk 500 miles
And I would walk 500 more
Just to be the man who walked 1000 miles
To fall down at your door

When I'm lonely yes I know I'm gonna be
I'm gonna be the man whose lonely without you
When I'm dreaming yes I know I'm gonna dream
Dream about the time when I'm with you.

But I would walk 500 miles
And I would walk 500 more
Just to be the man who walked 1000 miles
To fall down at your door

The Proclaimers