quarta-feira, 31 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
"87% are intoxicated when they watch it"
Os meus colegas têm teses mesmo impressionantes. De morrer de inveja, a sério. Mas há uma coisa que ninguém me tira: a minha pesquisa implica ver coisas hilariantes.
Nós e os jornalistas
Nós, que queremos ocupar aquelas cadeiras nos jornais, rádios e televisões, recebemos mensagens muito confusas.
Os jornalistas, enquanto classe, em termos gerais, são pessoas liberais. Separam-se bem dos advogados ou médicos, não são académicos, são pessoas que fazem pontes com o público. São amigos do everyday man. Metem-se em confusões, fumam, tiveram empregos manhosos quando eram mais novos. São informais. São aventureiros. São sarcásticos. São o anti-bancário.
Mas nós já não somos. Nós não podemos trabalhar no restaurante gorduroso da esquina e esperar acabar com uma carteira profissional. Nós somos o banqueiro - somos certinhos, lemos muito, fazemos mestrados e pós-graduações. Temos que fazê-lo para tentar entrar no mercado. Somos académicos. E isso confunde-me. Porque podemos estar a perder um pouco desa relação que os jornalistas têm com as pessoas - aquilo que criticamos sempre nos políticos, nos financeiros, nos juízes: a snobeira.
Os jornalistas, enquanto classe, em termos gerais, são pessoas liberais. Separam-se bem dos advogados ou médicos, não são académicos, são pessoas que fazem pontes com o público. São amigos do everyday man. Metem-se em confusões, fumam, tiveram empregos manhosos quando eram mais novos. São informais. São aventureiros. São sarcásticos. São o anti-bancário.
Mas nós já não somos. Nós não podemos trabalhar no restaurante gorduroso da esquina e esperar acabar com uma carteira profissional. Nós somos o banqueiro - somos certinhos, lemos muito, fazemos mestrados e pós-graduações. Temos que fazê-lo para tentar entrar no mercado. Somos académicos. E isso confunde-me. Porque podemos estar a perder um pouco desa relação que os jornalistas têm com as pessoas - aquilo que criticamos sempre nos políticos, nos financeiros, nos juízes: a snobeira.
segunda-feira, 22 de março de 2010
E nem a própósito, Charlie Brooker tem hoje uma crónica no G2. Que eu acabei de ler. E que tem que ser lida. É isto que eu gosto no jornalismo britânico - é descomplexado, é ousado.
Para criticar o tratamento que os jornais estão a dar ao aparecimento de uma nova droga, Brooker conta a sua própria experiência com drogas, sem moralismos. E de forma tão directa que eu não consegui parar de ler. E no fim pensei "Isto nunca se passaria em Portugal".
Ler aqui.
P.S. Váaaa agora digam lá "Ai só sabes dizer mal de Portugaaaaal". Digam lá, que eu mostro-vos o que é bom para a tosse.
Para criticar o tratamento que os jornais estão a dar ao aparecimento de uma nova droga, Brooker conta a sua própria experiência com drogas, sem moralismos. E de forma tão directa que eu não consegui parar de ler. E no fim pensei "Isto nunca se passaria em Portugal".
Ler aqui.
P.S. Váaaa agora digam lá "Ai só sabes dizer mal de Portugaaaaal". Digam lá, que eu mostro-vos o que é bom para a tosse.
domingo, 21 de março de 2010
Não é a primeira vez que posto isto mas...
Nestes tempos de incerteza, vale a pena reler este poema, o meu mantra actual:
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
Danças tradicionais
Ontem, depois de uma sessão de culinária de comida indiana (nhaaaammmm!), vi este filme, o meu primeiro filme de Bollywood.
Enquando eles dançavam e cantavam, com vestidos coloridos e movimentos graciosos, eu pensava "Que temos nós de tradicional em termos de dança? Ahhh, o foclore minhoto, claro!". É pá...coiso.
(já sei, já sei, um é filme bem filmadinho, o outro é um filme amador. É o que se arranja. Still...)
Enquando eles dançavam e cantavam, com vestidos coloridos e movimentos graciosos, eu pensava "Que temos nós de tradicional em termos de dança? Ahhh, o foclore minhoto, claro!". É pá...coiso.
(já sei, já sei, um é filme bem filmadinho, o outro é um filme amador. É o que se arranja. Still...)
Apelo
Ao ouvir a Caderneta de Cromos apercebo-me que nunca aprendi a jogar ao elástico. Uma espécie de clube dos populares da escola primária.
Se alguém ainda souber, gostava mesmo de aprender. Nunca é tarde para se ser fixe :P
Se alguém ainda souber, gostava mesmo de aprender. Nunca é tarde para se ser fixe :P
sábado, 20 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
Frost/ Nixon
Com um grande atraso, acabo de ver o filme Frost/Nixon. Excelente. Do ponto de vista jornalísitco, absolutamente fascinante.
David Frost talvez esteja um pouco caricaturado, mas a sua memorável entrevista está perfeitamente fiel ao que se passou.
Aqui ficam alguns minutos desse momento decisivo em que Nixon, subestimando o seu adversário, perde a compostura e admite culpa pelo caso Watergate perante a nação.
A faltar estão algumas das melhores partes, incluindo: "I let down my friends, I let down the country, I let down our system of government. I let the American people down and I have to carry that burden with me for the rest of my life."
Filme a ver.
David Frost talvez esteja um pouco caricaturado, mas a sua memorável entrevista está perfeitamente fiel ao que se passou.
Aqui ficam alguns minutos desse momento decisivo em que Nixon, subestimando o seu adversário, perde a compostura e admite culpa pelo caso Watergate perante a nação.
A faltar estão algumas das melhores partes, incluindo: "I let down my friends, I let down the country, I let down our system of government. I let the American people down and I have to carry that burden with me for the rest of my life."
Filme a ver.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Tenho que admitir..
Pode ser retrógrada e é bastante politicamente incorrecto, mas a verdade é que o jornalismo online é menos interessante. Sim, os vídeos, sim, as infografias, a interactividade, tudo mexe e liga com tudo. É verdade e é fixe. É últil. Mas é menos interessante, pronto.
Dust Spinners
Há pessoas que vivem com a cabeça nas nuvens. E nas nuvens escrevem histórias. Histórias onde as portas têm sentimentos e a curiosidade anda fugida à polícia. Eu conheço uma dessas pessoas e ela acabou de criar um blog. Ela agradece leitores (e comentários) e eu recomendo. Para ler aqui.
domingo, 14 de março de 2010
The hint of the century
Life is bigger
It's bigger than you
And you are not me
The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh no I've said too much
I set it up
That's me in the corner
That's me in the spotlight
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
Every whisper
Of every waking hour I'm
Choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt lost and blinded fool
Oh no I've said too much
I set it up
Consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
But that was just a dream
That was just a dream
It's bigger than you
And you are not me
The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh no I've said too much
I set it up
That's me in the corner
That's me in the spotlight
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
Every whisper
Of every waking hour I'm
Choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt lost and blinded fool
Oh no I've said too much
I set it up
Consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
But that was just a dream
That was just a dream
Loosing my religion, REM
quinta-feira, 11 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
O meu primeiro Fortune Cookie...
...foi uma desilusão. Diz: "You are careful and systematic in your business arrangements". Fixe.
A roçar o humilhante
"PIIGS or PIGS is acronym used by international bond analysts, academics, and by the international economic press that refer to the economies of Portugal, Italy, Ireland, Greece, and Spain, especially in regards to matters relating to sovereign debt markets. "
Para os Destakianos
Juntei-me a um grupo do Facebook chamado "Overheard in the Newsroom" (façam figas para que brevemente eu tenha alguma coisa para lá postar). Um dos posts diz:
Editor: “I’ve got a great new drinking game. Every time our system crashes, everyone takes a shot. If we’re not going to be able to work, we might as well all be drunk.”
É só uma sugestão.
Editor: “I’ve got a great new drinking game. Every time our system crashes, everyone takes a shot. If we’re not going to be able to work, we might as well all be drunk.”
É só uma sugestão.
sexta-feira, 5 de março de 2010
20 anos de Público
http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=31deb896-0ea1-4c9d-8773-293be84faa29
As melhores histórias de sempre.
Saudades.
As melhores histórias de sempre.
Saudades.
quarta-feira, 3 de março de 2010
The world's most travelled man
Acabei de ler um artigo sobre o homem mais viajado do mundo. Esteve em 806 países (está explicado que o conceito de país é relativo, não que isso me faça qualquer diferença). Se este artigo fosse um gelado tinha lambido a taça. Quero ir, quero ir, quero ir, para sempre ir, ir, ir. (suspiro sonhador).
Ler e babar aqui.
Ler e babar aqui.
A inveja
Neste momento estou completamente ensopada em inveja. Sairam os resultados das bolsas para dissertações overseas. Eu não concorri pois caso não conseguisse a dita teria que cancelar toda o meu projecto, coisa que os meus colegas não vão fazer, com bolsa ou sem ela. E agora é vê-los aos pulinhos a planear idas para o Camboja, África do Sul, Índia, Brazil, Camarões e destinos que tais.
I-N-V-E-J-A.
I-N-V-E-J-A.
terça-feira, 2 de março de 2010
Depois da meia noite...
... costuma dar-me para confissões. Histórias de infância embaraçosas, essas coisas. Essas coisas de fazer corar e rir ao mesmo tempo.
E eu que já oiço o tique-taque do relógio a ameaçar (tenho boa audição, sim) penso que quero mais e mais memórias dessas embaraçosas e doces, como as da infância. Quero guardá-las todas daqui, uma confissão por cada passo nas ruas do costume, uma piada por cada momento, para eu contar, noutras vidas, depois da meia-noite.
E eu que já oiço o tique-taque do relógio a ameaçar (tenho boa audição, sim) penso que quero mais e mais memórias dessas embaraçosas e doces, como as da infância. Quero guardá-las todas daqui, uma confissão por cada passo nas ruas do costume, uma piada por cada momento, para eu contar, noutras vidas, depois da meia-noite.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Depois de ter lido várias reacções à saída do António Granado do Público, lembrei-me que não disse aqui algo fundamental. O Granado (como lhe chamavamos na faculdade) foi o principal responsável pela publicação da minha primeira reportagem, com a qual fiz capa da Notícias Magazine. Não é feito pequeno para uma estudante universitária e devo-o a ele. Naquela altura nunca me passaria pela cabeça que poderia fazer aquilo. Foi ele que me disse. Que incentivou, que ajudou. Que leu e releu. A mim e a muitos. Aquela reportagem, de seis páginas, foi e é o meu grande orgulho. Obrigada.
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