quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Rescaldos

“No relvado, nas avenidas envolventes, a multidão reagia com euforia. "Isto é emocionante e lindo e extraordinário. Esta é a essência do nosso país: um lugar onde tudo é possível", comentava Nathan, estudante da Roosevelt University. Na hora em que a vitória de Obama foi confirmada, a maior parte dos jornalistas também levantava os braços. "Será que devíamos tentar entrevistar os jornalistas a chorar?", questionava-se uma correspondente internacional.

(...)

Judith Helfand, uma documentarista de Nova Iorque, viajou até Chicago para "viver a história" com os seus novos amigos do Southside, um dos bairros mais desfavorecidos da cidade e onde Obama iniciou a sua carreira de activista comunitário. Judith conhece bem o lugar, onde tem passado dias e dias, na sequência do seu trabalho: um filme sobre a onda de calor que assolou Chicago no Verão de 1995 e que matou 739 pessoas nas zonas pobres da cidade."Vê-los no parque, estes adolescentes de brincos brilhantes nas orelhas, de lágrimas nos olhos, a abraçarem-se de felicidade, a discutirem a distribuição dos votos e os desafios do Presidente e o que eles esperam que seja a América do futuro, reconciliou-me com o meu país", explicava a documentarista. "As implicações disto serão tremendas", continuava. "Há milhões de crianças que vão agora olhar para Obama e identificar-se com ele. Vão ficar mais tempo na escola, vão estar mais envolvidas. Acredito que teremos um país muito melhor no futuro por causa do que fizemos aqui esta noite", terminava.”

Rita Siza, in Público


Dá um arrepio, não dá?

2 comentários:

Lolly disse...

dá :)

Fátima disse...

oh... =') lembra mm uma revolução... e é, no fundo