quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Causa-me alguma irritação que a Igreja não esteja na linha da frente no que toca á pobreza e ao desemprego, mas faça logo um estardalhaço - ao ponto de meter o bedelho nas decisões eleitorais das pessoas - quando se fala sobre assuntos tão privados como quem leva quem para a cama e como.

3 comentários:

Enolough disse...

As religiões podem meter o bedelho em decisões eleitorais dos SEUS crentes. Porque ter uma religião não é só para os domingos de manhã, é a toda a hora e em todas as decisões e atitudes - isto inclui as questões privadas também.

Quanto à linha da frente no que toca à pobreza e desemprego... não te fica bem ser tão rápida a disparar o cliché.

Exemplos:
http://www.fundacao-ais.pt/noticias/detail/id/210/

http://www.fundacao-ais.pt/noticias/detail/id/223/

i disse...

oh por favor... não se vê este histerismo todo, nem sequer se compara. Ninguém se pronuncia sobre aumento ou baixa de impostos, ou código de trabalho, por exemplo. Porque isso são discussões políticas e a igreja entende que é uma discussão que não lhe compete. Mas quando se fala de decisões que apenas afectam as pessoas directamente implicadas... uiii então vamos já boicotar o voto! ridiculo... Não votem no PS por causa dos casamentos gay, não é por mais nada, isso é que é um escandalo... isso é que inadmissível... não há credibilidade possível..

Enolough disse...

as instituições religiosas também falam do desemprego e do código de trabalho (o Patriarca até foi várias vezes à TV falar sobre a crise e o desemprego).

acontece é que os jornalistas acham mais piada quando a Igreja ataca o que é aceite pela maioria das pessoas: aborto, eutanásia, contracepção, homosexualidade, uso das novas tecnologias, etc.

quando as igrejas falam contra as guerras ou sobre a crise económica os jornalistas não ficam tão histéricos....