A vida corre bem quando não pensamos muito nela. Mas a verdade é que cheguei a uma conclusão difícil. Aquela a que se chega quando se atinge a adultice (essa doença): nesta vida somos só nós.
Claro que sim, que gostam de nós, a família, os amigos, os namorados. Mas estamos sozinhos. Os namorados vão-se e aquela coisa de "a única pessoa no mundo que me entende e está sempre ao meu lado" acaba - parece impossível, irreal, insuportável, mas acaba. Nós vamos de sítio para sítio. A nossa família está lá mas assume um papel diferente - quando somos pequenos estamos com eles, quando crescemos temos que ser nós, a nossa casa, o nosso emprego, a nossa vida. A família está lá mas não sabe, nem faz sentido saber, dos nossos percalços diários. Os amigos... os amigos infelizmente perdem-se. Ficarão alguns, mas esses poucos que realmente se desviariam do seu caminho para vir ao nosso auxílio não vão estar geograficamente perto. É tão raro isso. Todos os outros amigos são muito, muito queridos, mas no fundo eles também têm outros amigos e outras preocupações.
E assim apercebo-me que se estiver doente, se conseguir um emprego, se um filme me fizer questionar a vida, ninguém estará realmente importado com isso.
3 comentários:
lol
Mais ou menos verdade
hey!!! eu gostei de te ouvir a falar do inception!! bah :P
um inevitável ciclo de tempestades e bonanças, é o que vivemos. "tomando sempre novas qualidades", dizia o poeta. novos amigos, novos namorados e até novos familiares hão-de vir e ocupar lugares novos.
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