No entanto há uma parte de mim, essa parte sonhadora, idealista e aventureira que gosta um pouco disto. Que sente que no fundo isto é viver. Essa parte de mim que nunca quis uma casa com uma picked fence - não há remédio, volta e meia esqueço-me das palavras em português. Sim, eu trabalho aqui e ali. Tudo o que faço é aqui e ali. Os meus amigos têm todos uma história diferente da minha, cultural, de vida, de tudo, mas no fundo acho que temos todos um pouco a mesma história. Todos estamos aqui a tentar seguir um sonho ou apenas a tentar sentir a vida de forma mais intensa. Ou as duas coisas.
Este ano faço 25 anos. Aos 25 anos, na minha cabeça, eu já teria que ter feito muita coisa. Já devia ser alguém. Não sou. Mas daqui a 20 anos, o que é que isso vai importar? Vou relembrar este período como aquele em que fui atrás de mim própria, em que servi às mesas, aprendi a levar três pratos, paguei renda de casa, vivi sem televisão, comi muito feijao em lata e conheci o mundo inteiro numa cidade só.
Está longe de ser perfeito? Claro. Mas ainda bem, porque assim eu vou continuar a procura de melhor. Parar essa busca é morrer.
2 comentários:
resumindo: tens motivos pra dormir o sono dos bebés.
p.s: li a reportagem do planeta vermelho, admira-me como sabes tanta coisa do além e aquilo tem o recheio todo e gostei muito e a outra ainda tenho de ler ahhh desnaturado
é isso que eu penso quando rejeito estágios não remunerados. estou a fazer um esforço agora para acabar o mestrado e pagá-lo, assim como os livros e todas as despesas associadas... tenho de me concentrar nisso e pensar que mais tarde vai ser melhor.
Enviar um comentário