terça-feira, 18 de setembro de 2007

Não há estrelas no céu

Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho
De que vale ter a chave de casa para entrar
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?

A primavera da vida é bonita de viver
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!

Passo horas no café, sem saber para onde ir
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar

Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas
Perdido nas avenidas e achado nas vielas
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede
Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto

Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim

A primavera da vida é bonita de viver
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!

Não há-á-á estrelas no céu...


(quem escreve assim não é gago..!)

1 comentário:

Fátima disse...

tantos e tantos dias a minha banda sonora =)