Páginas para a frente, páginas para trás. O livro tem letras miudinhas e ás vezes as folhas caiem. E eu penso "se calhar ali estava a resposta". Mas nas que caiem nunca está a resposta. Se caiem é porque devem cair. Espero.
A busca incessante pela nota de rodapé que vai salvar as nossas vidas, é uma jornada que nunca termina. Munidos de lupa e lanterna de foco potente, espiolhamos letrinha a letrinha. "Eu vou ser jornalista e vou salvar o mundo. Vou contar às pessoas aquilo que eles não sabem, fazê-las mais felizes, mais informadas, mais conscientes. Vou comovê-las, interessá-las, motivá-las". Vou?
Onde, quando, como, para quê, porquê? (foi uma boa adaptação).
Vou ser brilhante ou mediocre? Vou ser mais um nome apagado em textos mais ou menos, ou um nome que salta a letras gordas? Vou ter um "lugar ao sol" ou vou descobrir que não sirvo para aventuras jornalisticas? Irei eu, fazer a diferença?
Nas letrinhas do livro gordo só encontro pontos de interrogação, salteados de projectos e "quem me dera". Desejos de chegar mais longe.
Os calendários perderam o relógio e não se movem á velocidade da minha cabeça. Os mapas dobraram-se muitas vezes, chocalhados e agitados, colocando o mundo inteiro mais longe do abraço apertado que lhe quero dar.
2 comentários:
gostava de ter escrito isto.. é mesmo como me sinto
Vais vais vais vais!!!!!! Sra. capa da Noticias Magazine!
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