(não sei bem se andar a copiar crónicas dos outros é legal, mas enfim lol)
"(...) Somos avaliados no momento em que nascemos e, a partir daí, os relatórios da nossa performance nunca mais páram. Primeiro são avaliações com alguma inocência - "Tem 13 meses e ainda não anda?" ou "Só aprendeu a escrever aos 7 anos?" - mas tudo acaba, inexoravelmente, com a avaliação no ginásio e a maquina que mede o "stress cardíaco" a dizer que há um "serious deviation detected" (ao que o treinador acrescenta, lacónico, que "o programa deve estar avariado").
No meio disto, entre o nascimento e a morte, somos avaliados pelos filhos (que oscilam entre a poesia e o insulto brutal), pelos maridos (salto esta parte), pelos amigos, os colegas e, no fim, pelos nossos chefes.
Na Função Pública portuguesa, garantiu-me um especialista, 97 por cento dos funcionários foram avaliados durante anos, e sistematicamente, com um "Bom" ou "Muito Bom". E, como toda a gente sabe, ao fim de dois ou três anos eram automaticamente promovidos. Esta semana estamos todos a ser avaliados no jornal e todos queremos ser, por um dia, funcionários públicos do tempo pré-Sócrates."
Bárbara Reis, in Ípsilon
1 comentário:
boa crónica mesmo=)
Enviar um comentário