Uma coisa que me aconteceu depois de sair da faculdade, foi aperceber-me do valor e da importância de alguns dos meus professores. Só quando já não tinha aulas é que ouvi falar deles e do seu trabalho.
Um bom exemplo disso é o professor de Fotografia, Sérgio Mah. Sociólogo de formação, e provavelmente a maior cabeça que o país tem no estudo da fotografia, encontrei-o em jornais, revistas, e nas listas de ídolos dos fotógrafos. "Tu tiveste aulas com o Sérgio Mah???" disse-me uma vez um grande amigo que tenta vingar no mundo da fotografia. Depois de quatro anos na Arco a estudar a "arte da imagem", sem ter tido oportunidade de ter aulas com ele, sabia mais sobre o meu professor do que eu.
Hoje, mais uma vez, tropecei num pequeno perfil/ entrevista, aquele feito nas primeiras páginas da Única, que nem sempre é sobre pessoas conhecidas, mas sim sobre alguém que se distinguiu na sua área. Fica um bocadinho que gostei:
"A primeira imagem que me impressionou muito encontrei-a no livro "Americanos", de Robert Frank. Era uma espécie de entrada de bar, com um vulto em sombra e ao fundo um indivíduo vestido à cowboy com ar desafiador. Na fotografia há um lado humano e à flor da pele que não necessita de convocar o pensamento do especialista. Tento preservar esse olhar. Em casa não tenho fotografias nas paredes.
Gostar ou não gostar de fotografia é como gostar ou não gostar de linguagem"
4 comentários:
O máximo que tive relacionado à fotografia foi teoria da imagem, ou história... mas fiquei vidrada em roland barthes, "a câmara clara". há pouco descobri que tem um livro com um título em que vem a palavra fragmentos por isso quero ler (Fragmentos de um Discurso Amoroso). por isso e por quem cá, claro
*por quem é
O Prof. Sérgio Mah é uma pessoa maravilhosa. Até quando me disse que o meu trabalho era "atípico" :)
Foi dos meus professores preferidos.
Também o tive como professor e juro que não me marcou. Eram aulas normais.
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