Este deixou de ter qualquer autoridade significativa, se é que alguma vez a teve. A questão que se coloca é saber por que motivo os líderes europeus o escolheram? E por que razão troçam agora dele e o deixam cair, como se a sua posição fosse meramente acessória e não um cargo proeminente dentro da UE, uma grande potência económica? A razão é óbvia, diz um dirigente da Europa do Sudeste: a UE agarra-se a este homem, conhecido pela sua fraqueza, por razões de conveniência e porque a procura de uma alternativa iria provavelmente desencadear maiores conflitos.
Na verdade, políticos como Angela Merkel e o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, valorizam a sua superioridade em relação ao Presidente da Comissão Europeia. Se fosse um dos seus pares, um homem como o francês Jacques Delors, que dirigiu a Comissão entre 1985 e 1995 com um misto de ambição e panache, e que foi justamente alcunhado de «Sr. Europa», a UE não seria o tipo de organização que os grandes países conseguem controlar em benefício próprio."
Ralf Beste, Klaus Brinkbaumer, Manfred Ertel, Rudiger Falksohn, Hans-jurgen Schlamp, in Der Spiegel, via Courrier Internacional
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