quinta-feira, 13 de maio de 2010

Identidade

Acho que descobri o meu problema. É aquela coisa que já me disseram com irritação "não sabes o que queres!". Pois, se calhar não sei.
Tenho um objectivo e caminho passo a passo, queda a queda, joelhos esfolados, algumas lágrimas engolidas, nessa direcção. Não é um caminho trágico, é apenas difícil. Mas é também cheio de pulos de alegria, de orgulho, de aprendizagem, de verdadeiras lições de vida. É uma constante lição de humildade.
Tirando isso, não, não sei o que quero. Sou indefinida. Se isso é mau? É terrível. Mas quantos de nós podem verdadeiramente dizer que sabem quem são? Onde querem parar? Com quem querem estar? Que tipo de vida querem ter? Vamos fazendo, vamos andando, vamos imitando os outros e aos poucos vamos desistindo das hipoteses mais arrojadas, porque a logística é de loucos.
Eu preocupo-me o tempo todo. Odeio estar sempre preocupada. O meu sonho é um dia deitar-me numa daquelas redes suspensas que se têm nos jardins, fechar os olhos e pensar: não tenho uma preocupação na vida. Está tudo bem, nada me aflige, todos os problemas são solucionáveis, estou em paz. Algo me diz que antes dos 50 isso não me vai acontecer.
Mas não é por me preocupar que me defino mais. Não posso desenhar um plano só para agradar ao mundo. Vou continuar à procura. Não é isso que é viver?
E vou esperar que vocês fiquem por aí para me ajudar ou para apenas cederem um abraço quando for preciso.

1 comentário:

Margarida disse...

Que seca uma vida sem preocupaçoes...

=)