Acabei de escrever o meu "mail da despedida", como é praxe aqui na rádio quando alguém se vai embora.
Confesso que sinto uma pequena angústia, uma pequena nostalgia, uma pequena tristeza. Pela relação de amor/ódio que desenvolvi com esta equipa, esta sala, estes telefones e computadores. Foram dias mistos de momentos de alegria e entusiasmo, com irritação e frutração. Agora que acabou sei que terminou uma fase importante: o meu primeiro "emprego". Sem ordenado ou funções definidas, sem estatuto de igualdade para com os outros colegas e sem reconhecimento. Mas foi o mais perto que tive de execer esta profissão de paixões e ódios que é o jornalismo. Por três meses estive numa redacção que ferve de agitação todos os dias. E eu aqui no meio, perdida no agitar das ondas.
O futuro aparenta-se nublado e incerto. Um gigante ponto de interrogação.
Fartei-me de dizer que não gostava disto, que queria ir embora, mas neste momento em que arrumo as coisas na mala e saio pela última vez pela porta do número 14 da rua Ivens, tenho medo de estar a fechar uma porta que não era assim tão feia. Vá lá, admito, estou com saudades.
Confesso que sinto uma pequena angústia, uma pequena nostalgia, uma pequena tristeza. Pela relação de amor/ódio que desenvolvi com esta equipa, esta sala, estes telefones e computadores. Foram dias mistos de momentos de alegria e entusiasmo, com irritação e frutração. Agora que acabou sei que terminou uma fase importante: o meu primeiro "emprego". Sem ordenado ou funções definidas, sem estatuto de igualdade para com os outros colegas e sem reconhecimento. Mas foi o mais perto que tive de execer esta profissão de paixões e ódios que é o jornalismo. Por três meses estive numa redacção que ferve de agitação todos os dias. E eu aqui no meio, perdida no agitar das ondas.
O futuro aparenta-se nublado e incerto. Um gigante ponto de interrogação.
Fartei-me de dizer que não gostava disto, que queria ir embora, mas neste momento em que arrumo as coisas na mala e saio pela última vez pela porta do número 14 da rua Ivens, tenho medo de estar a fechar uma porta que não era assim tão feia. Vá lá, admito, estou com saudades.
2 comentários:
Sofro do mesmo problema. Como sera que vamos recordar a primeira experiencia mais proxima dos nossos objectivos de vida? Afinal de contas, este foi o primeiro passo para um futuro diferente, quebrando com tudo aquilo que fizemos ate aqui. Tenho a certeza que isto foi bom. Podia ter sido melhor!? Mas tambem podia ter sido pior. Uma batalha diaria, derrotas e vitorias... e mais vitorias. Agora sim, estamos prontas. Boa sorte, biscoitinha! :)
ps- obrigada!
adorei a discrição, por dentro do oceano agitado, andavas tu tentando mergulhar na melhor onda. a vida que levas ninguém te tira. =)
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