sábado, 27 de dezembro de 2008

Natais passados

Hoje descobri que algo de profundo me une ao Nuno Markl: Os operários do Natal.



Sem dúvida o vinil da minha infância. Num encadear de músicas, várias personagens explicam porque é que a sua profissão é importante para que o Natal funcione.
A análise de Markl (sim, ele faz análises) era coisa que nunca me tinha passado pela cabeça. Isto acontece-me muitas vezes. É como a Anita ou aquele amigo de infância que toda a gente percebe que é gay. É que guardo dessas coisas a memória de quando era demasiado pequena para perceber 75% do mundo. E como não mexo mais nelas, a memória assim fica.
Por isso nunca pensei que "Os operários do Natal" fosse uma coisa de esquerda(duuuhhh! bastava o título). Aliás, nem sequer sabia que era cantando por Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho, com letras de Ary dos Santos (isso talvez tivesse ajudado). A única coisa que saberia dizer é que o carteiro era o meu preferido e que Natal não era Natal sem este disco, logo a seguir ao coro de Santo Amaro de Oeiras (a que Markl também faz referência), cuja capa eram dezenas de Pais Natal a cantar numa pose engraçada. Se tudo isto também vos traz recordações, espreitem o post do meu conterrâneo: http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/412423.html

2 comentários:

Anónimo disse...

Deixa lá, eu, que controlava todos os anúncios de brinquedos e prateleiras dos supermercados, nunca me apercebi que havia um produto de música infantil chamado os "operários de Natal". O meu vinil tinha a minha "machadinha" (quem te pôs a mão sabendo que és minha)!...e agora que penso nisso, também é uma letra que não entendia e como nunca mais pensei nisso fiquei sem entender. Dado que fala de propriedade parece-me seguro afirmar que não será de esquerda mas voto num post para descodificar o a "machadinha"!!!

Fátima disse...

havia um desenho animado igual à heidi cujo nome do protagonista agora não me lembro, mas acho que era pedro. a musica era algo como "foste embora mamã, não me deixes aqui", era muuuito triste. há alguns anos, a minha mãe contou-me que essa música serviu para criticar as mulheres que deixavam o lar para ir trabalhar. humpf.