terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Prémios Gasganete

Já foram feitas as nomeações para os Prémios Gasganete, que elegem empresas e pessoas que mais promoveram a precariedade em 2008. Os prémios estão divididos em quatro categorias: Acumulação, Soundbyte, Sem Vergonha e Ficção Contemporânea. Os meus preferidos são os da categoria Soundbyte, que "distingue pessoas ou instituições que tiveram uma frase lapidar naquilo que é hoje o estado da precariedade", segundo a Lusa.
E eles são: Francisco Van Zeller (presidente da Confederação da Indústria Portuguesa), Manuela Ferreira Leite (presidente do PSD), a cadeia de supermercados Pingo Doce e Pedro Nuno Santos (deputado do PS).
Motivos:
O slogan "sabe bem pagar tão pouco" valeu à cadeia de supermercados Pingo Doce a nomeação. "É uma frase que se dirige aos consumidores e é aproveitado por nós para denunciar a política de emprego da empresa", referiu um dos responsáveis do concurso.
"Se não houver precários não há nada", foi a "pérola" de Francisco Van Zeller, enquanto Manuela Ferreira Leite foi nomeada pela frase: "Temos que banir a palavra precariedade do nosso dicionário porque é tudo precário, qualquer trabalho que se arranje tem sempre essa dimensão precária".
Pedro Nuno dos Santos foi nomeado por ter dito que "os actuais falsos recibos verdes continuam falsos depois das alterações, com uma diferença, é que serão mais caros".

Dizem que Portugal é um país de Palavra. Só não especificam que palavras...

3 comentários:

Marina disse...

"Se nao houver precarios nao ha nada!" E viva o capitalismo!

Fátima disse...

acho que o francisco van zeller vai ganhar

Ale disse...

O Pingo Doce é das melhores empresas para se trabalhar em Portugal e tem uma política salarial e de desenvolvimento de RH exemplar. Não falo só dos quadros mas também de todos os colaboradores das lojas e armazéns. Passaram por mim muitas entrevistas em todo o tipo de funções e entre pessoas que choram de emoção na hora de se reformarem e outras que agradecem à empresa a oportunidade das suas vidas, nunca ninguém demonstrou sentir-se minimamente explorado.
É pena acharem piada a mentiras plantadas por interesses alheios. Ou então é despeito por verdadeiramente trabalharem em empresas exploradoras que vos pagam muito menos do que recebe um caixa do Pingo Doce.