sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Frost/Nixon e a ambição

Frost/Nixon é um dos vários filmes que quero ver. O filme é baseado numa peça, que por sua vez é baseada num entrevista do jornalista inglês David Frost ao ex-presidente americano Richard Nixon. Frost conseguiu a proeza de fazer Nixon admitir culpas no caso Watergate.
O Ípsilon fez uma entrevista ao autor da peça, Peter Morgan (que nunca achou que aquilo pudesse acabar nos ecrãs). Deixo aqui duas respostas (duas e meia...), sobre dois assuntos distintos:

Chamou-lhe "um Rocky para gente que pensa"...
Sempre vi a peça como dois homens em preparação, duas equipas que, tal como no boxe, se preparavam para um combate onde haveria grandes recompensas para o vencedor e o perdedor desapareceria no esquecimento.

Uma espécie de combate de boxe político?
Sim, absolutamente.

Muito do seu trabalho como argumentista tem sido sobre a ambição.
Acho que tem razão. Historicamente, a ambição sempre foi considerada um pecado e hoje tornou-se uma espécie de virtude. Discordo disso, acho que a ambição está sempre ligada aos danos emocionais, à complexidade do carácter das pessoas. As pessoas ambiciosas são sempre gente perturbada, confusa, emocionalmente complexa. E isso torna-as muito atraentes para mim enquanto dramaturgo.


Interessante. Calculo que a palavra "ambição" seja daquelas que incluem mais nuances e significados do que seria de esperar.

1 comentário:

mchiavegatto disse...

Ai esta uma resposta interessante. De pensar, sim senhor