Estranhei que o Courrier tivesse chegado uns bons 10 dias antes de Janeiro. Como passo a vida a acumular jornais e revistas e nunca leio mais de metade dos ditos, deixei o Courrier no cantinho, ainda com o plástico. "Se é o número de Janeiro, abro em Janeiro". E assim o fiz, agora mesmo.
Comecei a ler o editorial do Fernando Madrinha, de quem gosto bastante, sobre a extinção da versão impressa de alguns jornais. No entanto este texto parava a meio. Um subtítulo: Despedida. Dias e dias ali em cima da arca do meu quarto, envolvo no plástico selado, estava o anúncio de que o Fernando Madrinha já não faz parte da minha revista mensal em 2009. Vai-se embora. E eu renovei a assinatura.
Há um ano eu pensaria de imediato que coisas melhores surgiram, imaginaria projectos ambiciosos e interessantes. Hoje, vítima do síndroma da crise, penso logo: " Coitado. E agora?". É claro que ele era o Director, é provavel que a saída signifique um destino melhor. Mas hoje já sou incapaz de acreditar nisso piamente.
O papão da crise, afinal, tem mesmo efeitos psicológicos, não é tanga. Para 2009 só me ocorre suster a respiração até que passe depressa.
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