Chamem-lhe romântico
O Público de hoje traz um pequeno dossier sobre os diversos caminhos que a imprensa internacional – e a nacional também – tem experimentado para perceber que modelo de negócio vão ter os jornais do futuro, com ou sem papel impresso, mais digital ou menos digital, mais pago ou menos pago.
É a pergunta que vale um milhão de dólares: qual é o futuro deste presente incerto?
José Vítor Malheiros, experimentado especialista de tecnologias e media, remata um artigo de opinião com o essencial da questão:
“O jornalismo só sobreviverá, se o for realmente. E, se não for, que morra. Alguma coisa aparecerá”.
Está cheio de razão. Não há plataforma, rede, sistema ou aparelho que substitua a essência da profissão. O futuro do jornalismo é ele próprio, se souber ser o melhor que sempre foi.
Dito isto, resta-me acrescentar que, como sempre, um bocado generoso do prazer que os dias me dão passa por comprar jornais, senti-los virgens e ir lendo um a um, ao longo do dia, numa espera de reunião ou ao pequeno-almoço, no sossego da noite ou num final de tarde junto ao rio.
Sei que tenho tudo isso no I-Pad, mas ainda prefiro o cheiro, o toque e o barulho das folhas de papel que se descolam umas das outras. É um prazer rasgar uma página e guardar na agenda, porque está ali qualquer coisa que vou usar mais tarde.
Chamem-me romântico, como diria o Nuno Miguel Guedes...
1 comentário:
sou um bocado impressionável pelas modernices - ando viciada no angry birds de um android alheio -, mas no que respeita a jornais, por favor, o cheiro a papel de jornal ao pequeno-almoço e os deles pintados de tinta... não há fancy iPad que substitua=)
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