O seu coração vivia dividido entre essa sede de mundo, de conhecer novos lugares e pessoas, e a ideia romântica de ter um lugar só seu, onde conhecia o dono do café da esquina e onde seria querida, esperada e amada. Entre o aborrecimento do dia-a-dia e a solidão de um lugar estranho, não sabia qual dos males preferia. Tal como sempre se questionava se era melhor o entusiasmo do novo, aquela sensação de se sentir crescer enquanto absorvia a multiplicidade do mundo, ou a saudação amistosa daqueles que quem gostava e cuja presença lhe aquecia o coração.
Vivia nessa luta interna. Por vezes pensava que poderia ter sido feliz se tivesse sabido ignorar o barulho e fixar-se apenas no sorriso de covinhas.
Por agora, deixava-se ir ao sabor do vento. Por vezes devemos fingir que acreditamos no destino.
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