Nunca percebi essa coisa do amor à terrinha. Tenho a certeza que o problema é meu, porque praticamente toda gente tem um carinho especial por um lugar. Não sei se é do facto de não ter “terra” ou de nunca ter ido passar férias ao mesmo sítio, mas a verdade é o conceito me ultrapassa.
Aliás, a ideia de passar férias, ano após ano, no mesmo local provoca-me um monumental bocejo. Qual é que pode ser o interesse disso? Concedendo a excepção às pessoas que vivem noutro país e regressam em visita, não vejo a quem mais possa interessar. Para mim férias (fora de casa) tem que equivaler a novo, a descoberta. Voltar todos os anos para o mesmo, frequentar os mesmos locais, ver as mesmas pessoas… ná! Investir balúrdios numa casa de férias, ao preço que está o low cost parece-me mesmo disparatado. Mesmo em Portugal, há tantos sítios giros para se ir ver.
Não me levem a mal os amantes da “terrinha”. Digo isto sem maldade, tenho noção que essa coisa do “meu cantinho” é um sentimento verdadeiro e forte e que se eu não o tenho, provavelmente até estou a perder com isso.
Gosto de traçar percursos novos, com mapa na mão, fazer pesquisas de preços na internet, buscar. Uma vez ou outra gosto de repetir o local, mas porque ficou alguma coisa por ver, por fazer, por experimentar.
Casas de férias, as que eu gosto mesmo, são as dos outros.
4 comentários:
tens razão-não tens razão-tens razão-não tens razão-tens razão-não tens razão.
todos os anos vou à terrinha. não é a minha, é a da avó. um daqueles sítios onde há vacas de verdade no meio da estrada, onde se tomam banhos de rio, onde o cemitério é o ponto mais interessante a nível arquitectónico... enfim, uma carrada de coisas "chatas" pelas quais me apaixono de todas as vezes que as vejo, com os meus olhos sempre diferentes. :)**
na minha terrinha há amigos que só vejo ano a ano e que amo porque me conhecem toda a vida. por isso é que vou lá. porque venho nova, e feliz, por ver os meus melhores amigos...e a familia inteira
magoa-me um bocado o que dizes, como se as pessoas das terrinhas n fossem a outros lados às vezes. mas pronto
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