sexta-feira, 8 de julho de 2011

Why films either 'suck' or they're 'cool'

Este artigo de opinião acerta na mouche. Hoje em dia, é-se um herege por não gostar de determinados filmes e um pacóvio por gostar de outros. A snobice cinematográfica impera.

Eu acho que sim, um filme pode ser bom e mau ao mesmo tempo. Um artigo que pode interessar especialmente à Tracey, à Silly e ao Francisco.

"I doubt," wrote Kenneth Tynan some 55 years ago, "if I could love anyone who did not wish to see Look Back in Anger." Most of us will have experienced that pang of disappointment when someone we care about dismisses our film fétiche as drivel, or declares a piece of dross we've always despised to be their sainted talisman. There was a time when we filed this sort of misalignment away under "difference of opinion", but these days we seem to be increasingly intolerant of views diverging from our own.

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I've probably learned more about film-making from incompetent, badly written rom-coms than from any amount of perfectly constructed masterpieces. I've glimpsed extraordinary visions in otherwise awful films (one of my all-time favourite scenes is the upside-down severed head used as a slide projector in Wild Wild West), and cringe-making missteps in otherwise wonderful movies.

It's as though holding a viewpoint is no longer enough – a film's detractors need to pour scorn on its admirers and belittle their taste and intelligence as well. Winning the argument is no longer enough: the opposition must be annihilated!

3 comentários:

Silly Little Wabbit disse...

Mas há disso em todos os grupos. Meninas que se fazem de parvas quando vêem o dvd do Dr. Strangelove e dizem "uma comédia... a preto e branco???" (e sim, assisti a isto). Eu acho-as parolas, mas elas estão a ser snobes. Também há um grupo de pessoas que te vai chamar parva por não gostares de Transformers. São pontos válidos do discurso da senhora, mas é um exemplo válido tanto para filmes como para bebidas ("o quê??? Preferes moscatel a cerveja? Que nojo").
Agora não consigo concordar com o argumento do cinema ser a nova religião. Atrevo-me a dizer que é actualmente a arte mais menosprezada e descartável. É para passar hora e meia a comer pipocas e beber meio litro de coca-cola sem consideração pelos restantes espectadores. Salvo raras excepções o que chega às salas quer cada vez mais alimentar a inércia intelectual e baixar os padrões das pessoas, porque é mais fácil funcionar como uma fábrica e produzir estímulos a que as pessoas respondem mecanicamente sempre da mesma forma, do que de facto criar algo (já nem digo original mas) diferente.

Francisco Maia disse...

Eu diria que este artigo acertava mesmo na mosca há 5 anos. Hoje acho que não é assim. não conheço nenhum "erudito" que não tenha o Rambo, o Rocky e o Predador (1!!) na lista de top 50, tal como não conheço nenhum estronso que não goste e admire um ou outro art-film.

Acho que a grande questão é que já não interessa o que chega às salas, por causa da internet. Temos acesso fácil a todos os filmes e mesmo que não gostemos, porque não vê-los? É de grátes!

Com isto dito, eu sou eternamente snob (não demasiado!) e adoooro filmes tralha. Desde que não trate o espectador como idiota, é um filme aceitável e até bom.

Um dos meus filmes preferidos de sempre, de SEMPRE, é o Último Guerreiro com o António Banderas a fazer de muçulmano no meio dos Vikings. AMO esse filme ^^

Fátima disse...

aborrecem-me pessoas que acham que não podemos ver filmes tralha sem gostar, por isso nos torna uns pacóvios sem qualquer cultura cinéfila, tal como me aborrecem aqueles que passam a vida na cinemateca e acham que hollywood não é cinema. é tudo muito relativo. eu gosto de hollywood, confesso. também aprecio um bom indie, mas sou capaz de dizer que não gostei de um filme independente que todos os "eruditos" gostaram. conheço muitos críticos portugueses que não pensam assim... e isso é que irrita